LINHA AÉREA e outros voos - História Ilustrada dos Portugueses que conquistaram os céus






É como uma colecção de cromos arquivados num álbum.
Sem grandes pretensões mas respeitando as datas, os factos, os nomes, os lugares e as máquinas.
Não é bem um passatempo...

É História!

Contada com alguma ligeireza, mas com toda a verdade possível.



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         Mas... 
              Só até à era dos jactos, 1953, data da primeira unidade operacional de
             aviões de combate a jacto em Portugal com aviões F-84G, Thunderjet



Um ano depois da criação da

"Força Aérea Portuguesa"





Esta história está dividida em 4 partes:

– De João Torto (o nosso Ícaro de Viseu) passando pela aerostação, os pombais e os primeiros voos "mais pesado que o ar" em Portugal, até 1914 com a criação das “Tropas Aeronáuticas”  É o texto que se segue.

 – A nossa Aeronáutica do Exército, de 1914 até 1952, data da fusão das Aviações Militares
          e criação da Força Aérea Portuguesa. Para ler aqui

– A nossa Aeronáutica Naval, de 1917 até à sua extinção em 1952. Para ler aqui

 – Os grandes voos de Descoberta do Mundo pelo Ar, os Raidsentre 1921 e 1934. Para ler aqui



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1540 - 20 de Junho - Foi um ano bárbaro para Portugal mas com duas atenuantes:

Barbaridade 1 > Início da censura pelo Santo Ofício.
Barbaridade 2 > Primeiros autos-de-fé.

Atenuante 1 > Instalação da Companhia de Jesus em Portugal.
Atenuante 2 > O extraordinário voo de João Torto














Vamos à história!




Corria o dia 20 de Junho do Ano da Graça de 1540 e... vejam só!



Foto do Museu do Ar "passada" por mim no Photoshop     










Nesse dia, o sapateiro João Torto, o nosso Ícaro, saltou da torre da Sé de Viseu, “vestido” com um engenho que ele inventou e construiu, numa tentativa falhada para alcançar o céu.






"As asas, eram de pano forte e duplas, isto é, eram duas de cada lado, sendo mais pequenas as inferiores e semelhavam uma asa de ave. Estas duas asas estavam ligadas por três argolas de ferro, enchumaçadas em trapos e era por elas que o Almeida devia meter os braços. Além disso estavam ligadas, por a parte superior, por duas dobradiças de ferro e pela parte inferior por um cinto de cabedal. Os sapatos eram de solas tríplices, havendo entre elas espaços para atenuar a queda. Tinha também um barrete do feitio duma cabeça de pássaro, com um bico enorme e aberto". 


Ana Gomes (pretensa cronista viseense do século XVI ou XVII) - Da Colectânea do Padre Henrique Cid




Num édito que ele mesmo mandou distribuir em Viseu, dizia:

“Saibam todos os senhores habitantes desta cidade que não terminará este dia sem se ver a maior das maravilhas, a qual vem a ser um homem desta cidade voar, com asas feitiças, da Torre da Sé ao Campo de São Mateus. Pelo que responde por sua pessoa e bens, João de Almeida Torto.”




João de Almeida Torto, natural da Beira, residente em Viseu, homem de sete ofícios, barbeiro, astrólogo, enfermeiro com “carta de sangrador do Hospital de Santo António em Viseu, mestre de primeiras letras e exercendo também o ofício de escrevente de cartas familiares e de amores – estas pelo dobro do preço, certamente conhecedor da lenda de Dédalo e Ícaro, e provavelmente influenciado pelas ideias de Leonardo Da Vinci que teriam chegado entretanto a Portugal, construiu umas asas de pano e madeira.

No dia 20 de Junho de 1540 teria obtido permissão para se lançar do alto da torre da Sé de Viseu, com o objectivo de aterrar no Campo de São Mateus."

Engº José de Campos, Rotário em Viseu, membro do IFFR 
International Fellowship of Flying Rotarians),
(In "Via Rápida" Quinzenário Regional de Viseu)

Foto do Museu do Ar "melhorada" por mim no Photoshop      





















João Torto,
por volta da cinco horas da tarde,
atira-se do cimo da torre da Sé.




"Foi bem até certo ponto, mas uma das asas deixou de trabalhar e o barrete caindo-lhe para os olhos o fez descrever uma linha em arco e sempre descendente até que ficou em pé sobre o telhado da capela de São Luís, mas logo caiu ficando sobre as asas. Dali o tiraram sem sentimento. Desembaraçando-o do aparelho viu-se que tinha o braço esquerdo deslocado no ombro e em volta da cintura a impressão do cinto. Um dos sapatos desapareceu na trajectória. Uma das dobradiças tinha emperrado de tal forma que nem a martelo se pode dobrar. O homem voltou a si, 2 horas depois, sem o menor juízo e tolo, morreu dias depois."

Ana Gomes - Da Colectânea do Padre H. Cid



O seu nome foi atribuído a uma rua da cidade de Viseu.


1709 - 3 de Agosto -























O padre Bartolomeu de Gusmão foi, depois de Leonardo da Vinci com a sua máquina voadora, o inventor do primeiro engenho capaz de se elevar no ar autonomamente, uma "Máquina de Voar".



Naquele longínquo dia 3 de Agosto de 1709 apresentou em Lisboa, num evento revolucionário perante a Corte e o Rei D. João Vum pequeno balão de ar quente que tentou fazer elevar no ar. Mas o pequeno balão de papel, aquecido por uma chama, incendiou-se sem conseguir elevar-se. provavelmente por lhe terem faltado "vontades"...

Segundo José Saramago a ascensão só se dava se houvessem "vontades recolhidas" suficientes para tal. Portanto...

Dois dias depois repetiu a experiência, desta vez com sucesso. Mas... quando o balão já estava a 4m de altura os criados do palácio, com medo de um incêndio se a "máquina" chegasse ao tecto, acabaram com o balão.















Três dias depois nova tentativa mas desta vez com todas as condições de segurança pois foi feita ao ar livre, no pátio da Casa da Índia que ficava no Paço da Ribeira (nesta imagem).

À esquerda vê-se a Ribeira das Naus (estaleiro naval) á direita o Terreiro do Paço, numa imagem de Braun e Hogenberg anterior ao Terramoto de 1755 




(A "Casa da Índia" foi uma organização portuguesa criada por volta de 1503 em Lisboa para administrar os territórios portugueses além mar, assim como todos os aspectos do comércio externo, navegação, desembarque e venda de mercadorias. Wikip.)


Desta vez estavam presentes El-Rei D. João V, a Rainha D. Maria Ana de Habsburgo, o Núncio, Cardeal Conti, o Infante D. Francisco de Portugal, o Marquês de Fonte, vários fidalgos, damas da Corte e outros cidadãos. 


A demonstração foi um sucesso! O balão subiu nos ares, calmamente e voou até ao Terreiro do Paço onde terminou a viagem...

Bartolomeu Lourenço de Gusmão abriu assim as portas à aerostação e à aviação.

Nasceu em Santos, no Brasil em Dezembro de 1685. Era Jesuíta.

O rei ficou tão impressionado com a demonstração que publicou um édito em que concedeu a Bartolomeu de Gusmão "o direito sobre toda e qualquer máquina voadora que viesse a ser construída desde então. E para todos aqueles que ousassem interferir ou copiar-lhe as ideias, a pena seria a morte".



Ao invento do padre Bartolomeu de Gusmão passou a chamar-se Passarola, em razão de ter a forma de um pássaro.








Painel de azulejos da autoria do meu amigo Gonçalo Inocentes




No entanto a generalidade dos menos letrados ridicularizou a ideia do Jesuíta que pouco a pouco foi "esquecendo" o seu invento. A própria Inquisição quis ouvi-lo porque "ao homem não havia sido concedido o poder de voar".



No admirável "Memorial do Convento" (que eu li quase todo em voz alta...) José Saramago colocou a Passarola no centro da narrativa, achando que era "uma máquina movida por vontades recolhidas"... Blimunda Sete Luas (porque consegue ver no escuro, com o recurso ao seu dom - a ecovisão) Baltasar Sete-Sóis (porque apenas consegue ver à luz) ajudam Bartolomeu de Gusmão a construir a Passarola.

Passarola, que sobe em direcção ao Sol porque este atrai as vontades, que estão presas dentro dela.

(Não era bem a ideia de Bartolomeu de Gusmão. Mas Saramago é Saramago...)

Blimunda, ao ver o interior das pessoas, recolhe as suas vontades, descritas por Saramago como nuvens abertas ou nuvens fechadas.

Após um dos voos da passarola, Bartolomeu foge para Espanha, perseguido pela Inquisição. Blimunda e Baltasar vão tratando de se esconder e de fazer a manutenção à passarola, que estava dissimulada por arbustos em Montejunto.

Um dia, Baltasar ficou preso à passarola, enquanto fazia a sua manutenção, e os cabos que a impediam de se elevar nos céus rebentaram, tendo sido levado pelos ares. A aeronave despenhou-se e Baltasar foi capturado pela Inquisição, acusado de bruxaria. No epílogo da acção, Blimunda recolhe a vontade de Baltasar, enquanto este morre, condenado à fogueira.

Bartolomeu de Gusmão escapou à Inquisição.

Deixou-nos em 1729, em Toledo, no dia 19 de Novembro de 1729. Tinha 43 anos.



1794 24 de Agosto - A primeira ascensão em balão, insuflado com hidrogénio realizada em Portugal foi feita neste dia por um italiano de nome
















Vicenzo Lunardi. 


Lunardi fez uma outra ascensão na cidade do Porto, em 10 de Maio de 1795.

Lunardi já tinha feito antes uma ascensão em Londres, no dia 15 de Setembro de 1784, com a ajuda do Dr. George Fordyce, um químico amigo do jovem Lunardi, que projectara todo o equipamento para a manufactura do hidrogénio e que dirigiu, pessoalmente, aquela operação.

Foi na presença do Rei Jorge III e do Príncipe de Gales.

Tão agradado ficou sua Majestade que lhe atribuiu, a título simbólico, o posto de Capitão da Artillery Company, com direito a usar a farda e tudo. Passou o resto dos seus dias a ser conhecido como “Capitão Vicenzo Lunardi”. 

Mostrou também o seu balão na Escócia, Palermo e Nápoles, aqui diante do Rei Fernando II das Duas Sicílias.
























Mais tarde, antes de se dirigir a Portugal, Lunardi, na presença do Rei Carlos IV e da Família Real Espanhola, fez em Madrid uma ascensão no dia 12 de Agosto de 1792 no Jardín del Buen Retiro.




O voo foi prolongado, 5 léguas, seguido por vários cavaleiros que presenciaram a aterragem, uma hora depois, em Daganzo.


Uma crónica da época:                                























Naquele dia 24 de Agosto de 1794, a meio da tarde em Lisboa,
Lunardi, fardado com a tal farda de Capitão da Artillery Company,...
















...subiu para o balão (a "barca" como os lisboetas lhe chamarem) e...






















...elevou-se do Terreiro do Paço para o primeiro voo tripulado jamais feito em Portugal, neste caso em balão.




     Um balão como este com  a sua "barca"




























Os ventos levaram-no a sobrevoar o Teja rumo a Sul e Sudeste.

Segundo o que ele mesmo depois relatou num panfleto que mandou editar e distribuir em Lisboa, o voo teve seis pousos na margem Sul antes de o Aeronauta se dar por satisfeito e desembarcar quase 4 horas depois de deixar Lisboa nos arrabaldes de Vendas Novas, a uns meros 11 quilómetros e a cerca de 80km do Terreiro do Paço.

Foi um sucesso que lhe valeu ser recebido pelo Príncipe Regente, o futuro Rei D. João VI e ter sido agraciado com 40 moedas de ouro oferecidas pelo Duque de Lafões.

Lunardi nasceu em Lucca, na Toscana, Itália, em 1 de Janeiro de 1759. Viria a falecer em Lisboa, por doença, em 1806.



1819 - 12 de DezembroGuilherme Eugénio Robertson, aeronauta e malabarista, apareceu em Lisboa e com grande impacto e estupefacção do povo fez o primeiro salto de pára-quedas visto por cá, saltando dum balão pilotado pelo seu pai de um altura de 700 metros. Utilizou um para-quedas de barquinha e aterrou perto da Estrada da Luz.

1820 - No ano seguinte Robertson repetiu a proeza no Porto.

Depois, muitas outras ascensões foram vistas por Lisboa, inclusive do primeiro aeronauta profissional português, António Infante, mas também de Augusto Abreu de Oliveira, Gouveia Pinto e Belchior Fonseca.


1876 Augusto César Bon de Sousa (1832-1905) um Engenheiro Militar previa já o uso de meios aéreos, neste caso aeróstatos, em operações militares como meio de observações e comunicações.

Augusto César Bon de Sousa      


















Publicou dois artigos sobre a matéria: 
“Anteprojecto de organização de telegráfica militar, seguida de elementos de telegrafia eléctrica, teórica e prática.”
E em 1881 publica:
“Serviço dos pombos-correios no exército em campanha e seu emprego no recreio e indústria particular”.




Pouco depois a heliografia começou a ser também usada nas comunicações militares











O heliógrafo, ou telégrafo óptico, é um aparelho que utiliza o reflexo dos raios solares num espelho para transmitir um código. Em dias de excepcional visibilidade, pode transmitir uma mensagem a dezenas de quilómetros.


O serviço telegráfico das Forças Armadas por meio de heliógrafos data de cerca de 1880, porém foi nas duas primeiras décadas do século XX que cobriu quase todo o território.











1884 17 de Maio - O primeiro aeronauta português, Abreu de Oliveira, elevou-se num balão a gás na tapada da Ajuda, Caiu ao Tejo perto do Cais do Sodré. Foi um voo curto e acabou mal mas Abreu de Oliveira foi o primeiro português a realizar uma ascensão em aeróstato.













1888 23 de Abril - Cipriano Pereira Jardim foi o inventor do balão dirigível ou seja um balão que se elevava no ar graças ao hidrogénio mas com a propulsão de um motor eléctrico, o que lhe permitia mover-se em todas as direcções, inclusive subir ou descer.


Inventou assim um dirigível com fins militares.

Fez inclusivamente uma demonstração no Teatro de S. Carlos no dia 23 de Abril de 1888,

Dez anos antes do balão de Santos Dumont!





Até aí os balões subiam lançando fora lastro e desciam com a libertação de gás.

“Uma viagem no balão Jardim será feita nas condições de uma viagem em caminho de ferro”, afirmava a revista “Ocidente” em 1888. (Jornal Expresso 28 Mai 2018 jornalista Anabela Natário)

Sem nenhum êxito em Portugal, Pereira Jardim vai entregar a ideia a França, onde fizera os estudos para a sua invenção e por ela é-lhe concedida a Legião de Honra.

Portugal esquece-o, claro. Promove-o a General, vindo a morrer sem glória no dia 27 de Outubro de 1913.





















1904 – 3 de Abril - António da Costa Bernardes "o Ferramenta" nasceu a 30 de Abril de 1874 em Vila Verde, Castelo de Paiva, teve uma oficina de serralheiro, uma padaria, exportou fruta para Londres, foi bandarilheiro e com o dinheiro que ganhou numa tourada por si organizada, 400 mil reis, construiu um balão, o “Portuguêz” e nele fez a primeira ascensão no Palácio de Cristal neste dia.



Em Portugal, nesta altura, um afamado balonista, Emílio Carton, mostrava as suas habilidades e Bernardes "o Ferramenta", começou a sonhar mais alto. Fez uma ascensão em Lisboa, comprou em  sociedade com Magalhães Costa o balão “Portugal” e usou-o em todo o país.



"O Portuguêz"


Construíu um novo e mais avantajado balão, o “Nacional” e fez uma ascensão no Jardim Zoológico da capital no dia 31 de Julho de 1904.

E vai daí o Emílio Carton dá-lhe a carta de capitão...

No ano seguinte ruma ao Brasil e após vários sucessos regressa a casa e tenta construir um balão dirigível.

Usa a praça de touros da Serra do Pilar em Vila Nova de Gaia como estaleiro e sofre grande intoxicação por inalação de hidrogénio sulfurado e vapores de ácido sulfúrico.

Ele e os seus ajudantes acabam por morrer em 24 de Julho de 1907



1905 - 14 de Dezembro - O aeronauta português Alfredo Gomes de Figueiredo  realizou voos em balão (ascensão aerostática como designavam esta actividade) tanto no Brasil como em Portugal.
Em 1905 fez a 1ª ascensão aerostática no Brasil, em Belém do Pará, com o balão livre “Nacional” que ele adquiriu ao aeronauta António da Costa Bernardes "o Ferramenta".
Alfredo Gomes de Figueiredo realizou mais outras três ascensões em Belém do Pará.











Alfredo Gomes de Figueiredo, na foto aqui ao lado, largado do Hipódromo de Palhavã no dia 20 de Maio de 1906, sobrevoa Lisboa e o Tejo no balão "Nacional" antes de "aterrar" uma hora depois próximo do Samouco, entre o Moinho do Figueiredo e o Estaleiro Furado, no concelho da Moita.




1907 - foi criada, em Tancos, a Escola de Aerostação Militar e efectuadas experiências com um balão “Spencer”.


1909 O Tenente Pedro Fava Ribeiro (que pertencia à comissão que estava a organizar o Aero Clube de Portugalfoi enviado em missão de estudo a Frankfurt no acompanhamento e actualização da Aerostação em Portugal,



























À Exposição Internacional de Dirigível Frankfurt 1909 (ILA 1909)




















Era esta a capa do:

Guia do Departamento Histórico da Exposição Internacional de Navegação Aérea Frankfurt am Main 1909.

O Padre Bartolomeu de Gusmão em destaque... 













A maior e mais importante exposição de aviação do mundo, que durou de 10 de Julho a 17 de Outubro desse ano.
A exposição acabou por demonstrar a mais valia do voo com motor e asas em relação ao dirigível.




1909 -  Abeillard Gomes da Silva, construiu em Paris um avião, o «Gomes da Silva I», mas não conseguiu descolar com ele no aeródromo de Issy les Moulineaux













1909 – 12 de Julho – Óscar Blank, de origem alemã, foi o primeiro piloto aviador português e um dos primeiros em todo o Mundo a obter o brevet internacional com o número 8, em Paris.






190917 de Outubro



Tentativa de fazer o 1º voo de um aeroplano com motor nos céus de Portugal. O piloto era o francês, Armand Zipfel.









O avião um Voisin Antoinette de 40CV. A descolagem fez-se no campo do Hippódromo de Belém num dia de algum vento. Descolou em 30 metros, elevou-se cerca de 10 metros e decorridos 300 metros caiu em cima de um telhado e ficou bastante danificado. Zipfel não se magoou, mas não houve segunda tentativa.




1909 – 14 de Novembro – No Alto dos Agudinhos em Linda-a-Pastora, arredores de Lisboa, Artur de Morais, Raul Marques Caldeira, Alberto Cortez, Gabriel Cisneiros de Faria (alunos do Instituto Industrial) e Ezequiel Garcia, jornalista, fizeram os primeiros voos em planador no país, 25 ao todo. Os planadores eram do tipo "Charute"


190911 de DezembroJoão Gouveiaque fabricava papagaios voadores desde 1907, apresenta o seu protótipo de avião a que chamou obviamente “Gouveia”.







Equipado com um motor “Anzan” de 40 cv e com uma envergadura de 9m, a apresentação, nesse dia, foi à Academia de Ciências. Este inventor do Seixal nunca chegou a concretizar o seu projecto.



1909 - 14 de MarçoAbeillard Gomes da Silva, um ano depois da tentativa falhada em França, obteve o apoio do Governo português para a construção do seu «Gomes da Silva II», em Tancos, na escola Prática de Engenharia.











Os ensaios de voo iniciaram-se em Tancos no dia 14 de Março de 1910.

Correram muito mal…. 
Bastava olhar para a maquineta...



1909 – 11 de Dezembro – Criação do Aero Clube de Portugal por um grupo de Oficiais do Exército Português, da Arma da Engenharia, e Oficiais da Armada.


     Foto da Revista da Armada






















Entre os 30 sócios fundadores contava~se o 2º Tenente da Armada Eduardo Lopes Vilarinho.




Aero Clube de Portugal ficou com a sua sede provisória na
Associação dos Engenheiros Civis Portugueses, no Terreiro do Paço. 



Texto e imagem do site oficial do Aero Clube de Portugal      




















O primeiro sócio foi o Capitão Pedro Fava Ribeiro de Almeida mais tarde conhecido como o "Major da Feira de Alverca" por ter sido primeiro Director do Parque de Material Aeronáutico






Foto do site oficial da Monarquia Portuguesa      




















Foi nomeado como seu primeiro presidente o Coronel Fernando Eduardo Serpa Pimentel que tinha sido o último Administrador Geral da Fazenda da Casa Real



1910 - 21 de Abril - << Neste dia foi realizado aquele que, com propriedade, poderá ser chamado o primeiro voo de um avião em Portugal.
Tripulava a aeronave, um Bleriot, o piloto Taddeoli, que se viu obrigado, por falha mecânica, a fazer uma aterragem forçada poucos quilómetros à frente do hipódromo de Belém, transformado para o efeito em aeroporto, ferindo na cara e na cabeça uma menina de quatro anos que brincava nos campos perto de sua casa (O Século, p. 4, 22 de Abril de 1910)
Fez-se aqui alusão a este voo, porque é usual considerar-se como primeiro aquele que foi realizado no dia 27 de Abril pelo piloto Mamet.>>

CORONEL LUÍS M. ALVES DE FRAGA
SÚMULA HISTÓRICA DAS AVIAÇÕES MILITARES
E DA FORÇA AÉREA DE PORTUGAL





















Pierre Émile Taddéoli (nasceu a 8 de Março de 1879 em Geneve)  foi um pioneiro suíço da aviação, como piloto, instrutor e precursor de hidroaviões.
Obteve o Brevet Suiço Nº2 no dia 10 de Outubro de 1910.




O Nº1 era de Ernest Failloubaz



Tirou o curso na Ecole d’Aviation Blériot em Mourmelon (França)






















Tomou parte em diversos meetings internacionais, nomeadamente em Itália, França e Portugal















Morreu no dia 24 de Maio de 1920 num voo de demonstração em Romanshorn quando o seu avião, um SIAI S.13, se desintegrou em voo a 2300 pés. O seu mecânico, Y. Giovanelli de 23 anos, também morreu





1910 – 27 de Abril









Lisboa vê, uma semana depois, o segundo homem a voar em Portugal, junto á Torre de Belém. O piloto francês, Julien Mamet descolou do  Hippódromo de Belém num Bleriot XI.




















O Infante D. Afonso examina o avião de Mamet



            Foi uma iniciativa do Aero Clube de Portugal




O aviador Mamet e o Bleriot no Hippódromo de Belem




O aviador Taddeoli larga um pequeno aeroplano de ensaio no Hippódromo de Belem



            Réplica actual de um Bleriot XI














1911 – 25 de Maio - Com a implantação da República surge a primeira reorganização do Exército tornada força de lei por um Decreto que Fundava a Companhia de Aerosteiros sob o comando do Chefe do Serviço de Aerostação e Pombais Militares. Funcionava em Tancos e tinha a seu cargo os trabalhos relativos ao estabelecimento de comunicações por meio de aerostação, aviação e pombos-correios. (OMYGOD!)


191224 de Junho Na Câmara dos Deputados  propõe-se a criação do “Instituto de Aviação Militar”, com grande empenho do Aero Clube de Portugal cujos sócios eram maioritariamente militares.












A proposta foi apresentada pelo Deputado António José de Almeida que viria a ser Presidente da República entre 1919 e 1923.



No discurso que proferiu, afirmou:

«Assim como a aparição do submarino autónomo tornou impossíveis certas operações de uso corrente na guerra naval, determinadamente as de bloqueio durante a noite, assim o navio aéreo, simples balão, dirigível ou aeroplano, veio inutilizar por completo velhos sistemas de combate e abrindo horizontes vastos na ciência da guerra, longe se está ainda de prever até que ponto os progressos ulteriores levarão a importância militar de tão audacioso engenho, de sua essência no entanto bem simples e barato. (...) Arma de rápida construção e barata, o aeroplano é um instrumento de guerra precioso, a verdadeira arma dos pobres».
 Diário de Notícias, 8-10-1909 




Organizou-se uma comissão em Agosto de que faziam parte, entre outros,  os oficiais 2º Tenente Lopes Vilarinho, 2º Tenente Maquinista Naval Silva Miguéis e o 2º Tenente Rego Chaves.



Fotos da Revista da Armada      

1912O Guarda Marinha de Administração Naval Miguel Freitas Homem fez um requerimento a pedir para na 1ª oportunidade frequentar um curso de pilotagem. Foi o 1º Militar português a candidatar-se a piloto.


1912 – Agosto – Chega a Portugal o primeiro aeroplano. Comprado pela "Creche O Comércio do Porto" e escolhido por Cisneiros de Faria.















Era um "Maurice-Farman". Motor Renault de 70CV. Voavam-no regularmente Leopold Trescartes, Paulham e Roland Garros.



1912 – 28 de Setembro – Chega neste dia a Lisboa o "Deperdussin" tipo B oferecido pelo Coronel brasileiro Albino da Costa. Era originário de Sever do Vouga




Modelo de um Deperdussin_Type_B_1911_monoplane_(Philip_Veale)


1912 – 10 de Setembro – Primeiro voo de um Português























Fê-lo Caetano Alberto da Silva Sanches de Castro.
Num aeroplano “Voisin Antoinette”.







Embora tivesse frequentado as oficinas Voisin Frères, em Paris, não obteve o brevet por razões económicas.

Mas na volta trouxe desmontado e encaixotado o seu Voisin.

No Mouchão da Póvoa instalou a sua “Base Aérea”: montou o avião e arranjou o terreno com 1200m de comprimento.

Nesse dia , no Campo do Mouchão da Póvoa de Santa Iria, concelho de Vila Franca de Xira, realizou 4 voos, mas todos a direito, em sucessivos toca e anda aproveitando o comprimento do mouchão.




O máximo que percorreu no ar foram 450m em 30 segundos, não passando dos 5 m de altura.



Desta aventura foi lavrada a seguinte acta:

“Nós abaixo assinados, testemunhamos ter visto no dia dez de mil novecentos e doze, O Sr. Alberto Sanches de Castro, voando em aeroplano à altura aproximada de cinco metros, atravessando parte do Mouchão da Póvoa; e para que fique registado de que o primeiro voo realizado por um português em terras de Portugal em aeroplano com motor.

Assinamos:

“Norberto Gonçalves, António Canelas, Eugénio Ferreira, António Pinto, António Pioa e Francisco Gonçalves”.






Um Voisin Antoinette IV transformado com um patim de lançamento em vez de rodas.
Motor Antoinette de 8 cilindros c 50 HP



O extraordinário Simulador de Voo do Antoinette!




Tempos depois teve um acidente e caiu numa propriedade perto de Santa Iria. Foi recolhido nessa propriedade onde foi cuidadosamente tratado de todos os ferimentos.

Já recuperado, volta á herdade para agradecer os cuidados e pede em casamento a filha do proprietário, que com tanto carinho o tinha tratado.

Desse casamento nasce uma menina, Ilda Sanches de Castro

Ilda Santos de Castro acabou por ser a primeira Assistente de Bordo portuguesa da Panair do Brasil.




Foto colhida numa mensagem de Victor Paes Martins/Facebook/Anos Dourados





Ilda Sanches de Castro ao centro da fotografia




E… como não podia deixar de ser, casou com um Comandante (Lefevre) e foram mesmo muito felizes, como se pode ver na foto abaixo.







Com o fim da Panair, vários Comandantes Brasileiros acabaram por ingressar na TAP onde, na sua grande maioria, eram muito estimados por todos os tripulantes.

O Comandante Lefevre foi um deles

E para rematar, eu fui co-piloto em Boeing B 707 do genro de Alberto Sanches de Castro!

O Mundo é mesmo muito pequeno… E sinto-me honrado, claro.





1912 – 8 de Outubro– Chega a Portugal o biplano "Avro 500", de seu nome "República".













Tinha sido comprado com uma subscrição do Partido Republicano para o exército.




Era voado por Copland Perry, um piloto inglês instrutor na Sopwich School, a partir do Hippódromo de Belém.




1912 – 11 de Outubro– No Hipódromo do Porto, um avião "Borel" pilotado pelo francês Poumet, faz uma série de voos.




Um Morane-Borel, da Polícia Militar do Paraná


1912 – 8 de NovembroO Jornal "O Século" compra um aeroplano "Voisin" que um dia depois, pilotado pelo francês Morel, sofre um acidente que o deixa, ao aeroplano, em mau estado.







1912 – Dezembro– Entrega do relatório que uma comissão da Camara dos Deputados elaborara para uma futura organização da Aeronáutica Militar.












1912 - D. Luís Maria de Noronha tira o brevet, nº1187, no Aero Club de França.





1913 – 26 de Janeiro – O francês Alexandre Théophile Sallés descola do Hippódromo de Belém num Bleriot X15 sobrevoa a Amadora e aterra numa propriedade do Casal do Borel, com grandes estragos no aeroplano. Depois de reparado com o apoio da Fábrica Santos Mattosdescolou 8 dias mais tarde.



     Bleriot-XI5 de Sallé




















Sobrevoo da Amadora     




191319 de JunhoEm Viana do Castelo, na Ìnsua do Cavalo, um "Bleriot XI" construido no <<Laboratório-Oficina>> do Engenheiro João Branco evolui nos céus num único voo pois à segunda tentativa "afocinhou" e nunca mais voou.



191324 de Julho – Data da morte de D. Luís Maria de Noronha



















Foi o primeiro piloto civil português brevetado.
Tinha já o brvet militar francês, desde 26 de Dez 1912.

Era sócio do Aero Clube de Portugal  




Nesse ano de 1913, nos treinos para as festas da cidade de Lisboa, despenhou-se no Tejo no dia 11 de Junho.

Grande incentivador da aviação em Portugal, promoveu a abertura de várias escolas de aviação.












1913 - 12 de Outubro - O aviador francês Alexandre Théophile Sallès fez o primeiro sobrevoo de Vila Nova de Portimão, no Algarve. No dia seguinte voou para Lagos tendo levado somente 7 minutos para fazer os 18km... Porem, na aterrissage foi de encontro a um poster da vedação, resvalou para uma valeta, partiu o hélice inutilizando dois cilindros do motor. Voava um "Voisin Antoinette de 40CV"




1914 - Fevereiro Um significativo grupo de jovens oficiais fundou uma nova associação aeronáutica: o Centro Nacional de Aviação


1914 22 de AbrilNo jornal que o Centro Nacional de Aviação editava — o "Voo Mecânico" — propunha-se, entre um conjunto de medidas práticas e pragmáticas, dotar o país com aviões e uma rede de bases aéreas.



191414 de MaioPublicada a Lei n.º 162 de 14. de maio de 1914.




















Assinaram o documento:




Presidente da República

















































A lei permitiu a criação da 1ª Escola de Aviação Militar Resultado de uma comissão formada no seio do Aero Clube de Portugal


Antes de se dar início à construção da escola surgiram várias propostas para a sua localização:

Alfeite, Alcochete, uma propriedade entre a Golegã e a Chamusca, a Quinta da Bugalheira (a 8 km de Torres Vedras), a várzea de Almargem do Bispo, na Granja do Marquês, o campo de Tancos e o campo de Alverca


As obras necessárias, em Vila Nova da Rainha, começaram no dia 5 de Abril de 1915 e a instrução iniciou-se em Novembro de 1916



1914 - Agosto - Início da 1.ª Guerra Mundial


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Para ler mais sobre a nossa Aviação siga as ligações abaixo (que abrem numa nova janela)

Aviação do Exército, de 1914 a 1952

Aviação Naval, de 1917 a 1952

As grandes ligações aéreas Intercontinentais, os "Raids", entre 1921 e 1934


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1952 1 de Julho - Com a uniformização das estruturas militares de todos os países da NATO, e apesar de alguma resistência por parte dos militares portugueses, os braços aéreos da Marinha e do Exército foram, por lei (n.º 2.055 de 27 de Maio de 1952) fundidos no dia 27 de Junho de 1952, sob o nome de Força Aérea Portuguesa, que teve o seu verdadeiro começo como ramo independente no dia 1 de Julho de 1952. (WIKIP)


1952Setembro Chegaram à Base Aérea Nº2 na Ota os 2 primeiros aviões a jacto da Força Aérea, De Havilland Vampire D.H. 115








Foram primeiros aviões a jacto a voar nos céus de Portugal. 


Destinavam-se à adaptação de pilotos de aviões de hélice à era do jacto.
Tiveram uma vida efémera pois com a chegada poucos meses depois dos F-84 e T-33 tornaram-se obsoletos.
Voaram muito pouco e tiveram um fim envolto em algum mistério.
Não se sabe bem o que lhes aconteceu...




1953 – Adquiriram-se mais


      50 aviões de combate a jacto Republic F-84




     e... 15 Lockheed T-33, para instrução de aviões de caça.




Portugal estava assim, já em 1952, entre os poucos países com uma força aérea considerável de poderio a jacto. (WIKIP)




E finalmente em...



1953Janeiro - O F-84 Thunderjet entrou ao serviço da Força Aérea Portuguesa, quando foram entregues os primeiros 25 aviões novinhos em folha, provenientes da fábrica.






Foram integradas na recém-formada Esquadra 20 e colocados na Base Aérea Nº 2, na Otaformando a

primeira unidade operacional de aviões de combate a jacto em Portugal.



E... 9 anos depois...

...comecei a minha carreira Aeronáutica em S. Jacinto, no Chipmunk...


... e 11 anos depois dos T 33 terem chegado à Ota, voei ali pela primeira vez sozinho, num deles.




Os meus dois Instrutores foram os
Tenentes António e Luís Quintanilha,
que eram irmãos gémeos.


Obrigado aos dois, lá onde estiverem.

Devo-vos muito.




Todas as histórias sobre os "meus feitos", bons e maus, militares e civis a ver em:



Militares:

A minha Força Aérea
Guerra do Ultramar e não só

Civis:
Linha Aérea e outros voos

Misto, militares e civis:
Aviões que voei





    Com a preciosa ajuda de:


1 http://asasdeferro-suplementos.blogspot.com/2017/03/bartolomeu-de-gusmao-o-padre-voador.html
2 http://asasdeferro-teste.blogspot.com/2015/01/historia-das-aeronaves-militares_60.html
3 http://blogs.opovo.com.br/asaseflaps/2011/12/18/gago-coutinho-e-sacadura-cabral-herois-portugueses-que-fizeram-a-primeira-travessia-aerea-do-atlantico-sul/
4 http://classicosautoaero.blogspot.com/2015/09/primeira-travessia-aerea-do-atlantico.html
5 http://coronelpinheirocorrea.tosterego.com/Aviador.html
6 http://historia-portugal.blogspot.com/2013/11/tecnologia-na-dinastia-de-braganca.html
7 http://km-stressnet.blogspot.com/2008/01/aviadores-portugueses.html
8 http://restosdecoleccao.blogspot.com/2010/06/1-travessia-aerea-do-atlantico-sul.html
9 http://restosdecoleccao.blogspot.com/2011/08/primeiros-aeroplanos-em-portugal.html
10 http://santosdumontvida.blogspot.com/
11 http://www.citi.pt/cultura/historia/personalidades/gago_coutinho/percurso_da_viagem.html
12 http://www.dulcerodrigues.info/historia/pt/efemeride_travessia_aerea_1922_pt.html
13 http://www.jornalviarapida.com/sociedade/aviadores-rotarios-homenagearam-joao-torto
14 http://www.momentosdehistoria.com/001-grande_guerra/001-02-exercito/001-02-03-mocambique/001-02-03-07_aviacao.html
15 https://ab4especialistas.blogspot.com/2011/10/avioes-da-e-am-fairey-iii-d-o-lusitania.html
16 https://aeronauticaap.webnode.pt/historia%20da%20avia%C3%A7%C3%A3o%20portuguesa/
17 https://altimagem.blogspot.com/2012/03/primeira-travessia-aerea-do-atlantico.html
18 https://altimagem.blogspot.com/2012/03/primeira-travessia-aerea-nocturna-do.html
19 https://asasdeferro.blogspot.com/2016/10/caudron-tipo-g-g2-g3-g4-e-g6.html
20 https://coisasdeabrantes.blogspot.com/2011/11/1-raid-aereo-as-colonias-portuguesas.html
21 https://ex-ogma.blogspot.com/2013/11/hidroaviao-argos-em-alverca-1927.html
22 https://ex-ogma.blogspot.com/search/label/Viagens%20Aeron%C3%A1uticas%20do%20Portugueses
23 https://expresso.pt/sociedade/2018-05-28-Cipriano-Jardim-inventor-desprezado#gs.2vjlf2
24 https://ionline.sapo.pt/458375
25 https://marsemfim.com.br/arquipelago-sao-pedro-e-sao-paulo/
26 https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/jose-m-sarmento-beires/
27 https://omirante.pt/semanario/2016-07-21/sociedade/2016-07-20-Fez-se-justica-a-Vila-Nova-da-Rainha-como-berco-da-aviacao-militar-nacional
28 https://paixaoporlisboa.blogs.sapo.pt/a-ascencao-do-balao-nacional-26937
29 https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeira_travessia_a%C3%A9rea_do_Atl%C3%A2ntico_Sul
30 https://repositorio.uac.pt/bitstream/10400.3/3834/1/DT_Asas_Isabel%20Albergaria_.pdf
31 https://science.howstuffworks.com/transport/flight/classic/ten-bungled-flight-attempt8.htm
32 https://www.academia.edu/37853838/ANT%C3%93NIO_DA_COSTA_BERNARDES_O_FERRAMENTA_1874-_1907_-_BALONISTA
33 https://www.cmjornal.pt/mais-cm/domingo/detalhe/berco-da-aviacao-portuguesa
34 https://www.marinha.mil.br/ciaw/historico
35 https://www.marinha.pt/conteudos_externos/RevistaArmada/_FlipVersion/2012/files/assets/downloads/page0207.pdf
36 https://www.museudoar.pt//conteudos/galeria/pioneiros/pdf/35a40-dois-valentes-parte-i-e-ii-dr_2387.pdf
37
https://www.rtp.pt/noticias/portugal-na-1-grande-guerra/a-escola-de-aviacao_es951552

   38    Lisbon-Courier I/VIII/47


   39    https://www.facebook.com/carloseduardobleck/

   40   https://www.publico.pt/2003/11/17/jornal/o-centenario-de-um-aviador-excepcional-207794

   41   https://www.mundoportugues.pt/recordar-um-heroi-da-aviacao-que-levou-o-nome-de-portugal-bem-alto-pelo-mundo/

   42  https://altimagem.blogspot.com/2012/07/34-junkers-50-junior.html

   43  PDF: "Súmula histórica das Aviações Militares e da Força Aérea de Portugal"
          Coronel Luís M. Alves da Fraga

   44  PDF: "A Aviação Naval nos Anais do Clube Militar Naval"
          Rui Jorge Faria Pinheiro

   45  PDF: "A Marinha na Primeira Guerra Mundial"
         Adelino Rodrigues da Costa
         Capitão-tenente

   46  PDF: "De Lisboa a Macau"
         Jacinto de Jesus Tavares

   47  PDF: "O Serviço de Aviação do Corpo Expedicionário Português na Grande Guerra
         Da Vontade à Realidade"
         Luísa Alexandre de Vasconcelos Agostinho Abreu

   48  PDF: "Viagens Aéreas dos portugueses
         Rumo à Índia"
         Mario Mota Correia

  49   https://sites.google.com/site/cnfasj/s-jacinto/area-militar

  50 - PDF: "Dois Homens Valentes" - O resgate de Sacadura Cabral e Gago Coutinho pelo
          Comandante Albert Edward Tamlyn” - Texto: Dr. Mário Correia e Alferes Yann Araújo
          Fotos: Espólio Cte. Edward Tamlyn – Museu do Ar.

  51 - https://www.revistamilitar.pt/artigo/1127
          Num ensaio do Tenente-Coronel Piloto Aviador João José Brandão Ferreira

  52 - CITAN Centro de Investigação Treino e Aprendisagem Naval:
https://www.facebook.com/pg/Centristnav/photos/?tab=album&album_id=1865193376841251

  53 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_aeronaves_desaparecidas

  54 - https://www.scirp.org/Journal/PaperInformation.aspx?PaperID=62900

  55 - https://digitalhangar3d.wordpress.com/2017/04/12/experiencia/

  56 - https://www.sulinformacao.pt/2017/08/hangares-hidroavioes-e-paes-de-leite-ou-as-memorias-do-centro-de-aviacao-maritima-do-algarve/

  57 - https://www.facebook.com/groups/194619673973824/

  58 - https://altimagem.blogspot.com/2012/10/45-hawker-osprey-mk-iii.html

  59 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Avia%C3%A7%C3%A3o_Naval_Portuguesa

  60 - https://jornaldiabo.com/nacional/carlos-bleck/







(Actualizada em 10 de Janeiro de 2023)












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