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PEDAÇOS DE VIDA – Cor Mira God VI - Preso num Seminário, em Braga

 


Preso num Seminário, em Braga



Cheguei a Madrid a 3 de Setembro de 1975, onde já estavam outros membros do MDLP.

Nessa altura, já havia muitos elementos que estavam em Portugal, e fiquei a aguardar instruções. 


Entretanto chega a Madrid o Coronel Marcelino da Mata. 


Estava num estado lastimoso, segundo o que disse, resultado das sevícias que sofrera no RALIS

O Cmdt Alpoim Calvão, pediu-me que fosse com Marcelino da Mata a um determinado hospital.


As sevícias a que fora sujeito deixaram marcas.











Recordo-me de ele se queixar, que tinha levado choques eléctricos nos testículos, e que tinha sido severamente torturado. Gostaria de saber quem terão sido os heróis que, à boa maneira pidesca, torturaram o Oficial mais condecorado pelo Exército Português.

Só tenho uma palavra pra os apelidar, cobardes, traidores.

Um a um, com Marcelino da Mata, daria conta de todos. 



(Nota: ver aqui um pequeno resumo da

história deste extraordinário Homem,

contada já, anteriormente, neste Blogue)



Há um episódio, que só porque o vivi, sei que é real. 

A dada altura, fui ao norte de Espanha, para ir buscar um dos automóveis que alguns Portugueses tinham oferecido ao MDLP, para nos podermos movimentar. Fui com um outro Companheiro de Luta, a Vigo, onde estavam dois automóveis, um de maior cilindrada, e um outro, mais usado e de menor cilindrada. Como não sou dado a grandes velocidades, ofereci-me para trazer o de menor cilindrada. O outro, creio que era um Alfa Romeo, e o meu creio que seria um Anglia. 

Saímos de Vigo, à noite, e o meu Companheiro, esquecia-se que eu não tinha condições para o acompanhar, pelo que de vez enquanto, lá estava ele parado na estrada. A viagem é muito longa e durante a noite tornou-se muito cansativa. Recordo-me de estar muito próximo de uma povoação histórica, Tordesilhas (onde assinámos o tratado que dividiu o Mundo entre os nossos dois países) e o meu Anglia resolveu parar. A sorte é que estávamos muito próximo de uma estação de serviço, e após algum tempo de espera lá apareceu o meu Companheiro de viagem. A custo empurrámos o carro para o parque de estacionamento, e deixámos ali o Anglia. 

No dia seguinte, um dos nossos Companheiros, chamava-se Paixão, que tinha alguns conhecimentos de mecânica, prontificou-se e ir tentar analisar e se possível repará-lo. O Paixão, com o pouco equipamento que tinha, já não me recordo, mas sei que com um pouco de lixa e pouco mais, lá conseguiu pôr o Anglia a rodar. Pedi ao Paixão que fosse atrás do meu “novo” Anglia e lá nos pusemos a caminho. Mas o pobre estava condenado, e rodou uns pouquitos Kms, recusando-se a prosseguir viagem. 

Sem saber o que fazer, tomamos a decisão mais "razoável" e acertada, para quem está preparado para tudo. E calculem, só de gente sem qualquer tento, decidimos que o Paixão iria rebocar o Anglia da maneira mais razoável. Encostou a frente do Alfa Romeo na traseira do Anglia e lá viemos. 

Poucos kms, porque o "improvável" aconteceu. Uma patrulha da Polícia Espanhola, viu este número de circo, e mandou-nos parar. Não sei porquê, pois não tínhamos feito nada de mal…


Os Agentes nem queriam acreditar no que estavam a ver.

Pediram-nos a identificação e o passaporte,


Não tínhamos...

Lá explicámos quem éramos, o que fazíamos, e surpresa das surpresas, os Agentes confirmaram quem nós éramos. 

Logo se criou um elevado grau de estima e consideração, pois dias antes, tinha havido um assalto à Embaixada de Espanha em Portugal, e aqueles dois Agentes da Guardia Civil, predispuseram-se a colaborar nesta loucura.


E não é que se colocaram à frente das nossas viaturas, com os piscas de alarme ligados, e nos protegeram nos mais de 200 Kms que faltavam até Madrid, tal como uma comitiva presidencial! 


Entrámos em Madrid, fomos até à Calle Lagasca e ainda nos ajudaram a arrumar o velhinho e moribundo Anglia. Ainda hoje recordo com admiração o ambiente que vivemos com aqueles fantásticos agentes, o sentido de solidariedade fraternal para com quem não restava mais nada, que a dignidade e a vontade lutar pela Liberdade… 


Muchas Gracias, Amigos!


Passados uns dias o Cmdt Alpoim Calvão mandou que eu me preparasse, pois partiríamos no dia seguinte para Vigo, num avião de matrícula Portuguesa, em que os carimbos das licenças de Aviação Civil, eram todos fake.

(Fake, neste caso, quer dizer: "impressos" com carimbos que eram caricas de garrafas de cerveja...)

O grande Homem que pilotava e que tratava de todas as licenças, já não está, há muitos anos, entre nós, mas o meu pensamento vai para esse Português, Homem corajoso e de Carácter. Repousa em Paz Amigo. 

E no dia seguinte fomos apoiados por um Outro Homem corajoso e Grande português, que nos ajudou na nossa missão. A nós, que tínhamos algumas dificuldades económicas, esse Companheiro, convidou-nos a todos para um fantástico jantar, que seria a minha última ceia, antes de ser aprisionado em Braga, no Seminário de Santiago. 

Logo a seguir, alta noite, e num secretismo total, embarcámos, num pequeno barco a remos, e na escuridão e solidão da noite, atravessámos o Rio Minho, para a outra margem, onde uma lanterna piscando nos indicava o local de atracar. 

Recordo que por vezes éramos sobressaltados pelos saltos de alguma tainha ou outro peixe. E após uma “viagem” que não esquecerei, ponho os pés em terras de El-rei de Portugal. 

Recordo-me que as lágrimas me correram pela face, ainda que o processo de entrada não tivesse sido aquele que mais almejara. Recordei também, a chegada que tinha assistido há pouco mais de um ano, de alguns elementos, que tinham estado na clandestinidade, e que após o 25 de Abril, regressavam a Portugal, recebidos com alegria, e como heróis. 

Recordo-me bem de que as suas primeiras palavras foram de ódio, morte e mais morte a este e àquele e que agora ainda me fazia mais confusão, pois, apesar da entrada ser clandestina, não conseguia dizer palavra e as lágrimas corriam-me teimosamente. 


Voltava ao meu País!


Como tinha sido uma quimera, aquele sonho que vivi em 25 de Abril de 1974… 

À nossa espera, estava o meu grande Amigo e enorme Oficial de Marinha, um Fuzileiro Naval, Benjamim de Abreu. Grande Português, de uma coragem indómita, que já nos deixou, mas que jamais esquecerei. E lá partimos, com duas viaturas em direcção ao Seminário de Santiago em Braga. onde nos esperava outro Homem de coragem e grande Patriota, que infelizmente, também já partiu, o Cónego Melo.








E foi aí que durante a manhã do dia 30 de Outubro de 1975, fomos tendo diversos encontros, com alguns Portugueses de coragem e grande dignidade, que se prontificavam a colaborar com o MDLP, na luta para restabelecer a democracia em Portugal. As reuniões foram-se sucedendo, até que por volta das treze horas, o Senhor Cónego, nos convidou para almoçar.



Mal nos tínhamos sentado à mesa, um dos empregados, dirigiu-se ao Cónego Melo, e disse-lhe algo ao ouvido. O Cónego, muito calmamente, levantou-se e disse,


“meus Senhores, temos as tropas do COPCON a cercar o Seminário”. 


(Ver: no final deste capítulo, o significado politico militar de "COPCON")


E lá foi o tal almoço que eu tanto ansiava. E um grupo de alguns elementos, não me recordo quantos, mas éramos cerca de seis, seguimos o Senhor Cónego, pelos corredores do velho Seminário, para encontrar um esconderijo. 

A dada altura passámos por uma zona, onde se encontravam muitos cidadãos Portugueses, a quem chamavam de Retornados. 

Nunca gostei da expressão, pois não era justo, chamar retornado a cidadãos de Nacionalidade Portuguesa, que tinham partido para Angola, tendo colaborado para o progresso desse território, que eles acreditavam ser Portugal e que de um momento para o outro, compelidos até pelas autoridades Portuguesa, tivessem que o abandonar, sendo espoliados de tudo. 

Teria sido bem melhor para todos, que aqueles que mostrassem vontade de ficar, tivessem visto os seus interesses protegidos, e defendidos. Muitos só tiveram tempo de fazer uma pequena mala e abandonar a Terra que ajudaram a crescer, tendo que conviver e vencer as dificuldades, de uma África onde a Malária, a Bilharziose a Cólera, e outras doenças, pelas quais os Europeus eram muito afectados. Muitos desses que tiveram que regressar, pertenciam a várias gerações já nascidas nesses Territórios. Considerando Angola e Moçambique as suas Terras e que ainda hoje sofrem a nostalgia das suas origens. 

Parece-me oportuno acrescentar, que em 1974, Angola, ainda que estando a viver uma guerra, foi considerado o País do Mundo, com maior taxa de crescimento. Angola, só como exemplo, tinha mais quilómetros de auto estradas que aqui existiam em Portugal, tendo uma indústria muito desenvolvida, além das suas riquezas naturais, que geravam a cobiça de muitos Países. 

Tudo isto, fruto do trabalho e sacrifício de muitos que foram obrigados a regressar a Portugal de mãos vazias. E foi esta gente, que ao contrário do que fora estabelecido no programa original do MFA, que foi atraiçoada e deixados ao abandono, por quem se comprometera a ouvir e a respeitar. Essa gente vivia amargurada por todo o nosso Portugal.


E muitos foram acolhidos no Seminário de Santiago.


Entretanto o nosso grupo, dirigido pelo Cónego Melo, corria pelos corredores à procura de um esconderijo. Naqueles momentos, acossados pelas hordas do Copcon, não dava muito campo, para grandes reflexões e pensei que seria difícil encontrar um local seguro, até porque os militares, sabendo que estava ali alguém do MDLP, não desistiriam até nos encontrarem. 

Por isso resolvi, parar e entrar num dos muitos quartos, onde estava uma Senhora a cuidar de um bébé. O Benjamim de Abreu, que vinha atrás de mim teve o mesmo raciocínio e acompanhou-me. E ali ficámos, alguns minutos, até que começámos a ouvir as vozes a dizer onde estávamos escondidos.



Pelo que soubemos, foi-lhes dito que nós seríamos agitadores e que estávamos ali para os comprometer.  E foi assim que fomos apanhados e aprisionados pelos militares. 

Compreendo que os Retornados tivessem sido enganados e que nos denunciaram, porque acreditaram que seríamos agitadores. O que não compreendo é que, ao verem-nos prisioneiros daquela horda de mal fardados militares, os Retornados, cobardemente, começassem a agredir-nos, com murros e pontapés, eles que estavam a sofrer ignominiosamente o fardo do crime, de acreditar que eram Portugueses e que tendo recebido incentivos e promessas, para ir para as nossas Províncias Ultramarinas, nunca tiveram a iniciativa de se vingar de quem os tinha atraiçoado. 

Estavam agora a agredir-nos, a nós, indefesos, com as armas apontadas, pelos ditos militares do Copcon, com a passividade desses canalhas, que nos mantendo prisioneiros permitiam que nos estivessem a agredir. 

Recordo que o graduado, recuso-me a chamar-lhe de oficial, era um que tinha frequentado a Academia Militar, sendo do mesmo curso de entrada que o meu. Ele foi para Infantaria e eu escolhi a Força Aérea. Chamei a atenção desse graduado, dizendo quem eu era, e não senti qualquer atitude de nos proteger, como seria de esperar por alguém que tinha responsabilidades, como militar do quadro permanente.


Chamava-se Pinto Ribeiro e merece o meu total desrespeito. 


Fomos dirigidos para o Aquartelamento do Regimento de Braga, e depois transferidos para o Quartel-General do Porto. Aí, algemados, fomos depositados num furgon, com bancos de pau, e transferidos para Lisboa, onde fomos presentes nas instalações do COPCON, no dia 1 de Novembro de 1975. 

Para nos guardar, vinha uma viatura com Militares da Polícia Militar, armados. Dentro do furgon, vinham também dois ou três Militares. Notei que estes Militares, ao contrário do que tinha visto até ali, vinham bem uniformizados, e ataviados. A viagem foi muito longa, segundo nos apercebemos, para evitar qualquer possibilidade do MDLP poder efectuar uma operação para nos resgatar, como vim mais tarde a saber que tinha sido equacionada e preparada mesmo uma acção. Para evitar essa possibilidade, a viagem teve diversos desvios, ao longo do caminho, para despistar qualquer hipótese. 

E foi assim que saímos do Porto ao princípio da noite. Chegamos ao Forte do Alto do Duque, já de manhã. Foi uma noite terrível, com as algemas colocadas, quando chegamos ao nosso destino, tínhamos bem vincadas as marcas nos pulsos. 

Durante o caminho tentamos manter o contacto com os Militares, que pareciam prestar-nos pouca atenção, mas aos quais íamos dizendo, que estávamos a valorizar, o aspecto muito cuidado, de todos eles, bem fardados, impecavelmente fardados e bem ataviados. 







Quando chegámos à Porta de armas do Forte do Alto do Duque, na altura quartel-general do Copcon -os nossos Militares, tiveram logo um excelente cartão de visita. O militar, não sei se o poderei considerar como tal, que estava de serviço, parecia a antítese dos Militares que faziam a nossa guarda. Mal fardado, esbarrigado, cabelos desgrenhados e compridos, mostrando um péssimo atavio pessoal, e calculem, a ler um jornal, na guarita da entrada.



Foi óptimo, pois na nossa actividade APSIC (intervenção psicológica), aproveitámos para mostrar o antagonismo. 

Como era feriado, o comandante do Forte não se encontrava, mas muito democraticamente (o que foi bastante propalado, na altura) tinha deixado alguns mandados de captura assinados em branco. 

Enquanto duravam estes requisitos, um sargento, eu diria uma perfeita amostra do que não pode ser a imagem de um graduado, também cabeludo, veio até à nossa viatura, perguntar aos Militares se queriam tomar o pequeno-almoço. 

Como mandam as regras Internacionais de tratamento de prisioneiros, os Militares que constituíam a nossa escolta, perguntaram-nos se queríamos também. Aí aquele tratante que vestia de sargento, direi uma vergonha para a classe, disse que para os "faxistas", não havia pequeno-almoço. 

Esta atitude cobarde e vergonhosa dessa amostra de militar, fez despoletar nos Militares da escolta, a sua reprovação, e de imediato gerou-se ali uma situação complicada, em que a nossa escolta, de armas em punho, disse que queriam pequeno-almoço para todos!

E aqueles cobardes, como se diz na tropa, baixaram a bola, e trouxeram o pequeno almoço para todos, incluindo o Benjamim e eu.


E depois desta tragicomédia, os Militares da Escolta, compreenderam bem o que ao longo da viagem lhes tínhamos vindo a referir.

De imediato, retiraram-nos as algemas e na posse do mandado de captura, agora assinado, conduziram-nos para a Prisão de Caxias






Aí, vivi um dos momentos mais fantásticos da minha vida. 


No acto de entrega dos prisioneiros, na Prisão de Caxias, assisti e vivi um dos momentos que me deixou estarrecido.




Antes de nos entregar, a Escolta formou, o Graduado mandou apresentar armas e voltando-se para mim, pediu-me autorização para nos entregar no Forte. 

O que senti naquele momento, é inolvidável, e mostra o que na realidade aqueles Militares eram diferentes do bando que maltrapilhos, que até aquele momento se nos tinham deparado. 

Agradeci as honras concedidas. 



Ainda hoje tenho esta dívida de gratidão, perante esta atitude muito digna, de gente que compreendeu neste episódio, o drama que se estava passar nas Forças Armadas Portuguesa, dirigidas por por alguns elementos, que antes de tudo o mais não tinham o mínimo sentido do que é ser-se Militar. 

E foi assim que no dia 1 de Novembro de 1975, entrei nas celas do cárcere do forte de Caxias, de onde a seguir ao 25 de Abril, tinham sido libertados os prisioneiros políticos, por ser uma das razões do MFA, que era todos os cidadãos poderem ter a possibilidade de ter as suas opções políticas. 











Creio que neste conceito, se terão esquecido de acrescentar; desde que as suas opções se enquadrem nas opções da canalha. E foi assim que fui conduzido a uma cela de isolamento, onde fui mantido, sem quaisquer acusações, até depois dos acontecimentos do 25 de Novembro. 


Três dias depois até tive o direito de receber, na minha cela, o comandante da Prisão, que me apresentou, muito pressurosa e comiseradamente as suas preocupações pela situação que se estava a viver. 

Como mandam as regras democráticas, dessa corja, estive 28 dias em isolamento total, sem direito a nada, a não ser estar incomunicável com o Mundo.


COPCON

(Texto da Wikipédia:

O Comando Operacional do Continente (COPCON) foi um comando militar para Portugal continental criado pelo Movimento das Forças Armadas (enquadrado no Estado-Maior General das Forças Armadas de então) no período que se seguiu à revolução de 25 de Abril de 1974 e extinto após a Crise de 25 de Novembro de 1975. 

O COPCON foi criado em 8 de Julho de 1974 por decreto-lei assinado pelo Presidente da República António de Spínola, com o objectivo de fazer cumprir as novas condições criadas pela Revolução dos Cravos. Era constituído por forças especiais militares como os fuzileiros, paraquedistas, comandos, polícia militar, Infantaria de Queluz e pelo Regimento de Artilharia de Lisboa (RALIS). 





O seu comandante era o major Otelo Saraiva de Carvalho (graduado para o efeito em brigadeiro), que acumula com o comando da Região Militar de Lisboa, assumindo-se como um dos dinamizadores do Processo Revolucionário em Curso, apoiando as acções da "esquerda revolucionária". 

Segundo Otelo o Copcon era um comando-chefe que usando a experiência da guerra do Ultramar, congrega as todas as forças do Exército e algumas forças de intervenção da Marinha e Força Aérea. Destinava-se a fazer cumprir o programa do MFA, não permitindo quaisquer desvios, podendo colaborar congregando a GNR e PSP se necessário. Este comando veio a ganhar protagonismo após a revolução do 11 de Março de 1975 e durante quase todo o período do PREC e o seu comandante Otelo, fez parte dos órgãos dirigentes do Conselho da Revolução instituído em 14 de Março de 1975. 

Durante o PREC, o Copcon foi responsável pela emissão de vários mandados de captura em branco e pela prisão indiscriminada de milhares de pessoas, sem que existisse qualquer acusação formal ou ordem judicial, mas com acusações como sabotagem económica. Famosa, ficou também a prisão de cerca de 400 militantes do MRPP, a 28 de Maio de 1975...)




Sumário dos capítulos desta história: 

1.      O que foi o 25 de Abril de 1974.

2.      O Movimento dos Capitães

3.      Preparativos para o 11 de Março

4.      11 de Março de 1975

5.      Fuga para Espanha e Brasil

6.      Preso num Seminário, em Braga (Esta história)

7.      Da prisão à liberdade

8.      Programa do MFA








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