COMO NAVEGAR NESTE RIO

 

 

 

Para não se perderem neste rio...

comecem a viagem aqui neste Capítulo

(Verão que é mais fácil...)




    As diversas histórias publicadas neste blogue estão divididas em:








  1º > 
A Minha Força Aérea

 













(Eu   em 1966 no meu F-86 que hoje está em exposição no Aeroporto da Capital Belga, Zaventem)



Onde aprendi, entre Escolas em Portugal e Espanha e na Guerra, no Ultramar, tudo sobre a arte e a ciência de pilotar todo e qualquer avião. E onde a minha formação como Homem se cimentou em tantos exemplos de carácter, capacidade de sofrimento, profissionalismo e heroicidade.

E onde tantos Amigos deram tudo a uma Pátria que os esqueceu.





  2º >

Guerra do Ultramar e não só


O termo Ultramar resulta da designação que o Estado Novo de Salazar deu às Colónias portuguesas de Além-mar.

(Além-mar era como eram conhecidos os nossos territórios fora do Continente Europeu.)

Foi lá que eu e mais de um milhão de portugueses nascemos e crescemos.
Vivia em paz, rodeado de inúmeros amigos de todas as cores e religiões.

E quando a guerra começou, tinha eu 20 anos, resolvi combater, ao lado de inúmeros camaradas portugueses de todas as cores e religiões, contra o “terrorismo”, para defender a minha terra, África portuguesa.

O que realmente se passou depois virá um dia a ser conhecido.
Não me parece que seja bem o que se relata...
 
 

Um conflito que resultou num imenso sacrifício para tantos Portugueses, Angolanos, Moçambicanos, Guineenses, Caboverdianos e Timorenses, por arrasto. Está por escrever a verdadeira história do conflito.

Especialmente a verdadeira história de como tudo acabou.

Um final tantas vezes manchado por acções comandadas ao arrepio da História, em nome de valores que se provaram iníquos levando ao desespero de quase um milhão de portugueses e guerras civis em todos os ex-territórios sob administração portuguesa.







   3º >
 Linha Aérea e outros voos









Uma profissão de muitas competências, solidamente alicerçada no espírito do Saber, Servir, Cumprir que é a TAP. A quem dei muitos anos da minha vida e de quem tanto recebi. E também na PIA, Air Atlantis, Sobelair e Aerolíneas Argentinas.

Onde tantos Amigos fiz. Onde tantos Amigos Perdi.

Mas vivem todos comigo. 

As histórias que aqui se contam são mesmo voos, voos reais. Não são sonhos.

Embora, por vezes, voar seja uma actividade muito próxima do divino...













Porque Navegar é peciso, nesta página pode-se ir para toda a parte.


Sem se sair do sofá.
É cómodo.


...mas com um Gin-tónico ainda sabe melhor.







  5º >

Pedaços de vida 

   Praga - Foto do meu neto Ricardo Santos


























Histórias de uma vida como tantas outras.

...com um ligeiro perfume Zambeziano.

De muitas acácias e goiabeiras.



  6º > 

Outras histórias


São muitas, muitas histórias...










Onde até se fala da queda do muro de Berlim
























 

Aviões que voei 

Fichas com as principais características dos aviões que voei, os principais acontecimentos que esses aviões e eu protagonizámos, muitas fotografias de máquinas mágicas que imitam os pássaros.




   

Álbum de Photographias 

Algumas das fotografias que vou tirando. E não só minhas também.
E transformando em outros objectos, diferentes, de olhar.
Algumas, com a ajuda do Photoshop, são imagens de uma realidade que só eu vi.
Um Hobby de sempre de um amador autodidacta sem pretensões.
Vale a pena deitar um olhar...




Vídeos publicados 

Imagens e Música que me tocam no momento em que publico o vídeo. Um espaço recente. Para acalmar o espírito.


Publicações 

Aqui publico artigos e histórias que vou encontrando e que fazem falta para, debaixo de tantas asas, fazer um ninho de pássaros errantes, daqueles que andam sempre à procura do alimento perfeito. E eu cuido que não lhes falte nada.





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Foi Vasco da Gama quem deu o nome a este blogue.

Em Fevereiro de 1498.

Durante a 1ª viagem por mar, de sempre, entre a Europa e a Índia.



Veja nesta ligação a razão que levou Vasco da Gama a dar a um rio o nome:










É como se chama o rio que corre na cidade de Quelimane, situada em território do povo Macua, capital da Zambézia, Moçambique, agora já muito perto do Oceano Índico, o Grande Mar Português.


 

Foi Vasco da Gama, ali chegado no dia 25 de Janeiro, uma 5ª Feira, daquele longínquo ano de 1498, à bolina pelo Oceano Índico nas costas de Moçambique, durante a primeira viagem, quem deu o nome de "Bons Sinais" ao rio que o levou a Quelimane.

Isto por ter tido ali bons sinais junto de famílias islâmicas originárias de Angoche, ali perto, de poder concluir com sucesso a viagem mar fora até à Índia..

Os macuas do litoral, no delta do rio Bons Sinais, tornaram-se conhecidos por Chuabos, “gente do forte”, por ter sido ali erigido o forte de Santa Cruz durante o governo do general D. Estêvão de Ataíde (1610-1613) na ponta sul da barra, a dos Cavalos-marinhos. 

O rio ainda hoje se chama assim...

  (Nome original deste rio: “Qua Qua”)



Resa assim a Relação da primeira viagem à
Índia pela armada chefiada por Vasco da Gama:


 «Uma segunda-feira, indo pelo mar, houvemos vista de uma terra muito baixa e de uns arvoredos muito altos e juntos. E indo assim nesta rota vimos um rio, largo em boca; e, porque era necessário saber e conhecer onde éramos, pousámos; e uma quinta-feira à noite entrámos (...)

Esta terra é muito baixa e alagadiça e é de grandes arvoredos, os quais dão muitas frutas, de muitas maneiras, e os homens desta terra comem delas.

E esta gente é negra, e são homens de bons corpos e andam nus, somente trazem uns panos de algodão pequenos com que cobrem suas vergonhas, e os senhores desta terra trazem estes panos maiores. E as mulheres moças, que nesta terra parecem bem, trazem os beiços furados por três lugares e ali lhes trazem uns pedaços de estanho retorcidos. E esta gente folgava muito connosco; e nos traziam ao navio disso, que tinham em almadias, que eles têm. E nós isso mesmo íamos à sua aldeia a tomar água.

E depois de haver dois ou três dias, que aqui estávamos, vieram dois senhores desta terra a ver-nos (...). E um deles trazia uma touca posta na cabeça, com uns vivos lavrados de seda; e o outro trazia uma carapuça de cetim verde. Isso mesmo vinha em sua companhia um mancebo que, segundo acenavam, era de outra terra daí longe; e dizia que já vira navios grandes, como aqueles que nós levávamos, com os quais sinais nós folgávamos muito porque nos parecia que nos íamos chegando para onde desejávamos. (...)

E nós estivemos neste rio trinta e dois dias, em os quais tomámos água, e limpámos os navios os navios e corregeram ao Rafael o mastro. E aqui nos adoeceram muitos homens, que lhes inchavam os pés e as mãos, e lhes cresciam as gengivas tanto sobre os dentes que os homens não podiam comer.

E aqui pusemos um padrão, ao qual puseram nome: o padrão de São Rafael, e isto porque ele o levava; e ao rio: dos Bons Sinais.

Daqui nos partimos um sábado, que eram 24 dias do mês de Fevereiro; (...)»



Na sequência de ordens régias de 1761, em 6 de Julho 1763, foi instituída em Quelimane a Câmara Municipal e a povoação foi elevada a Vila, conservando o nome de S. Martinho de Quelimane.
























Igreja de Nª Sª do Livramento, hoje uma lamentável quase ruína, foi mandada reconstruir (a original tinha sido paroquiada pelos Jesuitas) pelo governador e capitão-general Baltazar Pereira do Lago em 1776, mas só foi concluída em 1786 por António de Melo e Castro.


Um texto de Eugénia Rodrigues   





O testemunho de Luís Vaz de Camões:




"E foi, que estando já da costa perto,
onde as praias e vales bem se viam,
num rio, que ali sai ao mar aberto,
batéis à vela entravam e saiam.


Muito aqui nos alegrámos com as gentes,
e com as novas muito mais;
pelos sinais que neste rio achámos,
o nome lhe ficou dos Bons Sinais.

















(Actualizada em 10 de Abril de 2023)