As cadernetas de voo militares são documentos oficiais onde se regista toda a actividade aérea dos pilotos.
Essas cadernetas são autenticadas periodicamente pela
autoridade competente em cada unidade mas são pertença do piloto. Acompanham-no
sempre para qualquer Esquadra em que vá prestar serviço.
E quando se passa à disponibilidade, no fim do serviço
militar cumprido, continuam a pertencer ao ex-militar. As horas de voo registadas
nestas cadernetas podem transitar para as cadernetas civis. Um piloto civil,
ex-militar, tem na sua caderneta o total das horas que fez em todo e qualquer avião,
civil ou militar.
Esses registos permitem, em qualquer momento, reviver
episódios com relevo vividos, às vezes, muitos anos antes.
E foi assim que um dia destes, depois de ter começado a
vasculhar as minhas cadernetas de voo, descobri que desde o dia 24 de Julho de
1964, meu primeiro dia de voo na Base Aérea Nº 5, em Monte Real, Leiria, até ao
dia 16 de Setembro, 55 dias ao todo, voei, várias vezes, com funções a bordo de
piloto ou 2º piloto e não como passageiro, os seguintes aviões, com as
respectivas matrículas:
·
JU-52 / Nº 6311 no dia 24 de Julho,
M.Real-Tancos-M.Real
·
Chipmunk / Nº 1356 e Nº 1357
·
Piper Cub / Nº 3204 e Nº 3215
·
Beechcraft BC-D-18S / Nº 2508
·
F86 F / Nº 5357 no meu 1º voo, no dia 16 de
Setembro.
Este aviador é realmente muito versátil, carago!
Características principais
destes aviões. Texto normalmente da Wikipédia:
Junkers Ju 52
A recepção dos 1ºs aviões portugueses foi feita em Dezembro de 1936 na Granja do Marquês, em Sintra.
Um JU português |
A recepção dos 1ºs aviões portugueses foi feita em Dezembro de 1936 na Granja do Marquês, em Sintra.
A sua característica principal é o facto de
tanto as asas como a fuselagem serem feitas em metal canelado, como as folhas
de zinco dos telhados
JU Alemão |
Cockpit do JU |
É um avião alemão com motor a pistão
fabricado entre 1932 e 1945 pela empresa Junkers, com capacidade de 17
passageiros. Também é conhecido como "Tante Ju" (Tia Ju) ou
Auntie Ju, e apelidado pelas tropas aliadas durante a Segunda Guerra Mundial
como "Iron Annie". Foram produzidas mais de 4.000 unidades para
utilização civil e militar. É um dos aviões mais bem sucedidos na história da
aviação européia.
O
protótipo do DHC-1 Chipmunk, CF-DIO-X, voou pela
primeira vez em 22 May 1946 em Downsview, Toronto, no Canadá.
O Chipmunk é um monomotor bi-lugar em tandem, de treino básico que serviu
a Royal Canadian Air Force, a Royal Air Force e muitas outras Forças Aéreas no pós Segunda Grande Guerra.
Hoje, mais de 500 DHC-1 Chipmunks (conhecidos poor "Chippie") continuam
a voar ou a ser reconstruídos.
Beechcraft
Piper Cub
Super Cub da FAP |
O Piper PA-18 é um avião monomotor, com trem
de aterragem fixo, roda de cauda, asa alta, bilugar, que possui dois assentos
na maioria das configurações.
Construiram-se mais de 2 unidades deste modelo.
Ideal para recreio, muitos aeroclubes são possuidores deste tipo de aparelho.
Militarmente, foi utilizado pelos Forças Armadas dos Estados Unidos, a partir
de 1943, no Norte de África e na Europa como avião de ligação e na correcção de
tiro da artilharia.
Em 1949 foi construída uma nova versão, o PA-18-90
Super Cub com um motor de 105 Hp.
Em 1952 entraram ao serviço do Exército Português
27 aviões Piper Super Cub, utilizados por este ramo essencialmente para
observação, controlo e regulação de tiro de artilharia. Previa-se, nessa altura
a criação de uma unidade de aviação ligeira no Exército mas, como essa ideia
foi abandonada, as aeronaves passaram para a Força Aérea Portuguesa.
Na Força Aérea as aeronaves cumpriram missões de
treino de pilotos e de observadores aéreos e missões de ligação. Alguns aviões
também serviram nas Formações Aéreas Voluntárias. Foram retirados do serviço em
1976 e cedidos a aeroclubes.
Bechcraft D-18 da FAP |
Bechcraft D-18 |
O Beechcraft Modelo 18 é um avião norte-americano bimotor monoplano de asa baixa, de construção metálica semi-monocoque, para seis passageiros e dois pilotos. O projeto da aeronave era bem convencional, exceto pela deriva dupla. Foi fabricado por mais de trinta anos, entre 1937 e 1970, atingindo mais de 9.000 unidades
F-86 Sabre
F-86 F da FAP |
O F-86
Sabre, foi um caça de combate diurno a jacto, subsónico (embora capaz de
ultrapassar a Barreira do Som em voo picado, tal como fiz no dia 21 de Setembro
de 1965) desenvolvido pela North American a partir do final de 1944.
Veio a ser um dos caças mais produzidos no mundo
Ocidental, no tempo da Guerra fria. Ficou famoso pelo seu envolvimento na Guerra
da Coreia, onde defrontou com sucesso o seu principal oponente o MiG-15.
Apesar de no final de 1950 já não ser um avião de
primeira linha, manteve-se no activo durante mais de quatro décadas até 1994,
quando finalmente a Força Aérea da Bolívia o retirou do activo.
Foi o mais proeminente avião de combate de
segunda geração, que incorporou tudo o que de mais desenvolvido tinha sido
assimilado pelos projectistas Norte-Americanos na concepção de aviões a jacto e
que beneficiou ainda dos avançados conceitos aerodinâmicos desenvolvidos pelos
cientistas Alemães no decorrer da Segunda Guerra Mundial.
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