Outras histórias - Gabinete do Novo Aeroporto de Lisboa

 


 



A RTP num seu recente programa "Prós e Contras" tratou da problemática do futuro do Aeroporto que serve a capital.

O Aeroporto Humberto Delgado ora está à beira da saturação ou pode ser ampliado e durar ali muitos mais anos.

   Aeroporto da Portela em 1969 - Voos domésticos



Este desacordo de opiniões pode muito bem ter a ver com os interesses de cada um.















Uns ganharão mais com as obras onde ele está e outros com uma nova localização e uma grande obra de raiz.


Espero que esta situação não demore mais 48 anos a resolver.
Teria que esperar pelo ano 2065.
Nesse ano eu faria 123 anos.
Terei morrido no mínimo 3 anos antes, em 2062, porque a Bíblia diz que ninguém pode viver mais de 120 anos.
Já vi que não chego lá...



 
















Isto porque a última vez de que me lembro do assunto ter sido tratado, a sério, como deve ser, foi em 1969.






E por decreto Lei!
Foi constituído o GNAL - Gabinete do Novo Aeroporto de Lisboa

Decreto Lei Nº 48.902 de 8 de Março de 1969.

O dito cujo foi assinado por:

  • Marcello Caetano - 1º Ministro
  • João Augusto Dias Rosas - Ministro das Finanças
  • José Estevão Abranches Couceiro do Carmo Moniz
  • Américo Deus Rodrigues Thomáz - Presidente da República do falecido Estado Novo



O Ministro das Finanças Dias Rosas, à esquerda e Maurice Schumann discutem o Mercado Comum




E a 19 de Dezembro de 1969 já havia conclusões, 285 dias depois!

Na 4ª sessão do Conselho Técnico Consultivo criado pelo mesmo Decreto Lei, na altura chamado Conselho Aeronáutico.


 







E a opção Portela, chamava-se assim o Aeroporto de Lisboa, onde ele ainda hoje está e estará,

não foi considerada por:


"Apresentar, além do mais e desde logo, graves inconvenientes
resultantes de se encontrar praticamente dentro da cidade
e não se vislumbrar qualquer hipótese de expansão."



Foram consideradas então as seguintes localizações possíveis

  • Fonte da Telha
  • Montijo
  • Alcochete
  • Porto Alto
  • Rio Frio

 
Foi escolhido o Rio Frio.

Quando comecei a voar na TAP, em 1971, quis comprar uma casa que ficasse o mais perto possível do Aeroporto de Lisboa.

Falava-se numa mudança breve mas não havia estudos publicados.



 












Aluguei casa no Bairro dos Olivais Sul, na Av Cidade de Luanda.

E no ano seguinte, 1972, finalmente! apareceu o estudo publicado.





 

















Apressei-me a comprar o volumoso livro da Imprensa Nacional onde tudo estava explicado.

Li-o atentamente e até sublinhei a lápis o que achava mais importante.



Custou-me 120$00 e tem 420 páginas. 

Olha se eu tinha comprado casa em Rio Frio...

 

 

(Actualizada em 25 de Fevereiro de 2018) 


 

 

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Será que existe algum José Joaquim Augusto a assinar parte ou partes desse documento?

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