Mec de Man. desconhecido Baguinho eu Ferreirinha |
Histórias havidas durante o meu voluntário contributo na Guerra do Ultramar, no período de Fevereiro de 1967 a Fevereiro de 1969, na Região Aérea de Moçambique, basicamente no Distrito do Niassa, no Norte.
Outras histórias de relevo poderão não se encaixar naquelas datas.
Mas são isso mesmo, histórias de relevo.
Outras histórias de relevo poderão não se encaixar naquelas datas.
Mas são isso mesmo, histórias de relevo.
Na foto acima (junto a um DO27 em Vila Cabral), a partir da esquerda, um Sargento Mecânico de avião, o Alf Miliciano Piloto Baguinho que me deu esta foto, eu e o Alf Miliciano Piloto Ferreirinha.
Em alguns dos textos sobre a Guerra do Ultramar, aos nossos inimigos nas várias frentes chamo-lhes "terroristas".
Passados todos estes anos não os vejo como tal, mas como Combatentes.
Como eu.
Nós combatíamos numa ditadura.
Eles combatiam para, afinal, instalar também uma ditadura.
Estavamos em campos opostos, nas terras que a maior parte de nós consideravam suas também.
Que alguns de nós adoptaram depois.
Terra onde aqueles que combatiam contra nós tinham nascido.
Mas como tantos outros de nós, eu também nasci em África...
A Guerra do Ultramar foi afinal uma Guerra Civil...
Mais trágica ainda para os que combateram sem nenhum vínculo àquelas terras.
Mas todos, todos fomos Combatentes.
E fizemos todos tudo o que se faz nas guerras.
Mas hoje, os que combatemos de um e outro lado, somos só isso.
Ex-Combatentes.
De nada me arrependo.
E tenho orgulho de ser ex-Combatente.
Mensagens publicadas:
O Comando de uma LFG na Guiné:
Estas 4 histórias relatam, muito resumidamente, o que foi a comissão no Ultramar de um digníssimo Oficial da Armada, Luiz Pereira Vale na altura 1º Tenente, na Guiné, exactamente no auge do conflito com o PAIGC, imediatamente antes do 25 de Abril.
Parte 1 - Os navios da classe ARGOS
Parte 2 - Primeiros tempos na Guiné
Parte 3 - A operação no rio Cacheu e não só
Parte 4 - 2 episódios que vivi
- Capitão Martins Valente - Um Herói a quem dei uma breve colaboração, condecorado a título póstumo com o grau de Oficial da Ordem da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.
O nosso envergonhado Túmulo do Soldado desconhecido - a falta de dignidade de um símbolo nacional.
As Lanchas do Lago Niassa - Uma história de muita tenacidade, de "espiões" e "desertores" que o não são. Mistérios das guerras...
Francisco Daniel Roxo - Uma história sobre um dos meus Heróis de sempre, o lendário Comandante Roxo
Portugueses mais ou menos esquecidos - A História de Portugal também se fez com eles e sem eles não seria a mesma...
O Resgate do Tenente Malaquias - Uma extraordinária história de vários heroísmos que marcaram a minha geração. Uma das histórias mais lidas deste blogue
Encontros e desencontros - Memórias do fim do Império
O melhor piloto ao Norte de Moçambique - Mas é que fui mesmo eu! Dúvidas? É só lerem...
Olivença, Moçambique. 1968 (Lupilichi, nome actual) - Podia ter corrido mal, muito mal. 5 sobreviventes!
O Grandalhão e o Elegante - Os autênticos gloriosos malucos das máquinas voadoras!
O meu "inimigo" vestido de branco - Elegâncias que a Guerra tem...
Peso e Centragem - Não é bom chatear certos aviadores!
O Sargento Ribelo - Contém um Manual de "Metreologia". Encadernado em carneira com letras a ouro e tudo!
Estás em Nº1 para te matares! - A humildade compensa...
Vale: 1 Drambuie - Um leasing que resultou
Boa malha!
ResponderEliminarBoa noite, lancei no passado sábado o blog Manuel de Instruções, aqui fica o link https://joanamonizsilva.wixsite.com/manueldeinstrucoes Manuel de Instruções nasceu essencialmente como um modo de preservar, divulgar e organizar a obra poética de Manuel de Oliveira e Silva. O meu pai partiu no ano de 2016, deixando para trás preciosidades a que nunca verdadeiramente deu valor. Para além de poemas, quadras e letras de canções, manteve durante anos um diário de guerra que a sua família guardou religiosamente.
ResponderEliminarExímio contador de histórias e anedotas, fadista de coração e poeta sensível, era uma personagem complexa, polémica e radical que nunca cessou de ensinar. Era o nosso "manuel de instruções" e continuará, através deste mundo web que nunca entendeu, a transmitir a sua sabedoria.
O blog servirá como casa para todos aqueles que amam o fado, a vida e a poesia. Mais do que tudo, o meu pai representa uma geração marcada pela guerra, uma geração que não deve desaparecer sem deixar o seu testemunho. Este, é o testemunho de vida do meu pai, uma porta para um passado português tão duro quanto genuíno.
Desse modo, julgo que lhe possa interessar de alguma forma, espero que o possa espreitar, comentar e quem sabe acordar algum tipo de parceria de modo a publicitar ambos os nossos blogs, uma vez que os temas são semelhantes.
Cpts Joana Moniz (joanamonizsilva@gmail.com)