Linha Aérea e outros voos - A nossa Aeronáutica Naval












     Hidroavião FBA B Schreck 1





Aviação Naval Portuguesa teve início em 1917,

durante a I Grande Guerra (1914-1918).



Ao longo dos anos teve as seguintes designações:

1917 - 1918: Serviço de Aviação da Armada.
1918 - 1931: Serviços da Aeronáutica Naval.
1931 - 1952: Forças Aéreas da Armada.



























Artur de Sacadura Freire Cabral foi, desde 1912, o principal impulsionador da Aviação Naval sendo na altura primeiro-tenente de Marinha.





Uma breve biografia:


Arthur de Sacadura Freire Cabral, nasceu a 23 de Abril de 1881, em Celorico da Beira.

Filho do Dr. Arthur F. Corte Real de Cabral Albuquerque e de D. Maria Augusta Sacadura Cabral.

Assentou praça a 10 de Novembro de 1897 como aspirante da marinha e frequentou a Escola Naval, sendo o primeiro classificado entre os 35 camaradas do seu curso

Andou depois embarcado em Moçambique onde realizou várias missões hidrográficas e geodésicas cujo chefe era Gago Coutinho.

Vi alguns marcos geodésicos implantados por Gago Coutinho, quando eu era aluno topógrafo na zona da Moamba, perto da fronteira junto ao Krueguer Park, no final dos anos 50 do séc. XX.


Sacadura Cabral regressa a Portugal em 1915


1915 14 de Agosto –  Por não haver em Portugal uma Unidade de Aviação Militar nem muito menos Escola alguma, a Ordem do Exército desse dia publicou um concurso “destinado a recrutar 10 oficiais do Exército e da Armada para receberem instrução para pilotos de aviação” em escolas estrangeiras. 

Sacadura Cabral concorre, é admitido e vai para França, entrando na Escola de Aviação Militar de Chartres

1916 - 16 de JaneiroSacadura Cabral foi largado, pilotou pela primeira vez sozinho.



























Em Março obteve em Chartres o brevet em aviões do tipo "Maurice Farman".



Página do Boletim do
Centre d’Aviation Militaire
de Chartres




Ainda em França, foi para a Escola de Aviação Marítima de St. Raphael e especializou-se em hidroaviões.


1916 – Setembro – Sacadura Cabral e António Joaquim Caseiro ficam como instrutores na Escola Aeronáutica Militar em Vila Nova da Rainha.






Sacadura Cabral foi nomeado Director de Instrução da Escola.
Aqui vista do ar, onde se vê o edifício principal que ardeu no dia 20 de Março de 2019.


Ficou sem telhado, à mercê do estado do tempo.

O edifício onde funcionou a primeira Escola Militar da nossa Aviação continua abandonado por todos nós...


1918 - Começa a pensar na viabilidade da ligação aérea entre Portugal e o Brasil

1919 6 de Junho - Foi nomeado nesta data, por uma Portaria, para proceder aos estudos necessários para a efectivação da viagem aérea entre Portugal e o Brasil pelo que foi enviado para França e Inglaterra.

1921 e 1922 - Realiza as ligações Lisboa-Funchal e Lisboa-Rio de Janeiro (ver aqui).

























Retrato da época, de R. G. Mignot, 1922.




1923 - Propõe-se tentar fazer a Primeira Circunavegação Aérea da História. Para isso desencadeou todos os esforços possíveis de modo a iniciar esta autêntica aventura em Março de 1924, mas alguns atrasos imprevistos forçaram-no a adiar o projecto.

1924 - 15 de Novembro - Sacadura Cabral, quando pilotava o 






FOKKER modelo T.III matricula 4146, acompanhado pelo Cabo Artilheiro Mecânico José Pinto Correia num voo de entrega do avião, de Amsterdão para Lisboa,
desaparece no Mar do Nortenuma zona de grande nevoeiro, perto de Brest, França.




Os restos do avião foram descobertos em 18 de Novembro de 1924.




Os seus corpos nunca foram encontrados...







Monumento que lhe foi erigido na sua terra, Celorico da Beira.





Sacadura Cabral é Tio Avô de Paulo Portas

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Criação do Serviço de Aviação da Armada




1917 28 de Setembro - Foi criado o Serviço de Aviação da Armada e uma “Escola anexa” pelo Decreto 3395 do Presidente da República, Bernardino Machado, sob proposta do Ministro da Marinha, José António Arantes Pedroso.


















Esta proposta teve o grande empenho do Comandante Sacadura Cabral que muito lutou por isso depois de ter praticamente iniciado a nossa Aviação da Armada.




No Decreto previa-se também a necessidade de se criarem alguns Centros de Aviação Marítima, ou seja, Bases Aero-Navais.





Tellier T-3      


Centro de Aviação Marítima de Lisboa foi criado em 24 de Dezembro de 1917 e instalado provisoriamente” na doca do Bom Sucesso (contra a opinião de Sacadura Cabral que preferia o Alfeite) até à sua extinção em 1952...  como base operacional de hidroaviões.




Doca do Bom Sucesso com a Torre de Belém ã esquerda



Donnet-Denhaut DD.8 francês


1918 - 5 de Janeiro - Data da publicação do Decreto 3.743 que criou a Direcção dos Serviços de Aeronáutica Naval.

Capitão Tenente Sacadura Cabral foi encarregado de organizar o novo serviço aéreo, estando o primeiro Centro de Aviação Naval já instalado “provisoriamente” na doca do Bom Sucesso, até à sua extinção em 1952...

Chegam no início do ano os primeiros Oficiais da Marinha que haviam ido ao estrangeiro obter o brevet de pilotos-aviadores. Tratava-se dos

Tenentes Azeredo Vasconcelos, Adolfo Trindade, Ferreira Rosado e Santos Moreira.

Inicia-se a vigilância do Tejo com alguns hidroaviões do tipo «D. D» e «Tellier».


Em 1919, passou a chamar-se Centro de Aviação Naval de Lisboa.



1917 – 13 de Dezembro – Morte de António Joaquim Caseiro















Nasceu em Bragança a 26 de Outubro de 1882.

Foi o primeiro aviador naval português.

Desempenhou funções como instrutor na Escola de Aeronáutica Militar em Vila Nova da Rainha.


Em 1915 parte para França com Sacadura Cabral e o Tenente de Infantaria José Barbosa Santos Leite para tirar o brevet de piloto militar nas escolas de aviação de Chartes e Amberieu onde tirou o brevet com a classificação de 17 valores.



A 26 de Janeiro de 1917 partiu para França o primeiro contingente militar português comandado pelo coronel Gomes da Costa.





Afonso Costa em Março de 1921     





















No final de 1917 em Portugal, forças políticas antagónicas, a favor e contra a participação de Portugal na guerra, chocavam violentamente, sendo Afonso Costa e Sidónio Pais os mais proeminentes rostos da discórdia.







     Foto da Galeria dos Presidentes da República




























Sidónio Pais era contra a participação de Portugal na Guerra.

Acampou no dia 5 de Dezembro de 1917 na Rotunda e no Parque Eduardo VII em Lisboa, disposto a derrubar o Governo da União Sagrada de Afonso Costa, do Partido Democrático.




Ao fundo o Estabelecimento Prisional de Lisboa



Durante três dias as forças leais ao governo de Afonso Costa, apoiadas pela Marinha, combatem, em terra e no estuário do Tejo, os revoltosos de Sidónio Pais.


No dia 8 de Dezembro quando o Segundo-Tenente de Administração Naval António Joaquim Caseiro e o Alferes Martins de Lima, leais a Afonso Costa, sobrevoavam o Parque Eduardo VII foram alvejados a tiro e abatidos em pleno voo, vindo o avião a despenhar-se no Areeiro. 


António Joaquim Caseiro morreu no Hospital da Marinha no dia 13 de Dezembro de 1917.


Nesse mesmo dia 8 de Dezembro o governo muda de mãos e Sidónio Pais e a sua Junta Revolucionária tomam o poder, forçando o Presidente da República, Bernardino Machado ao exílio.


Sidónio Pais acabou por ser assassinado na Estação do Rossio no dia 14 de Dezembro de 1918, um mês depois da Grande Guerra acabar.








1918 - Finais do ano - No final da Guerra os Franceses deixaram a Base Aérea de S. Jacinto. sendo as instalações ocupadas pelo Serviço de Aviação da Armada 

O Governo Português comprou todo o material que existia nas instalaçõeprecárias, dando, deste modo, origem à primeira base aérea com funções operacionais no território nacional.


1919 – Janeiro - A Armada Portuguesa entrou na posse da Base Aeronaval Americana em Ponta Delgada e de quatro hidroaviões «Curtiss HS 21», baptizando-a com a designação de Centro de Aviação Naval de Ponta Delgada.


1919 -  Fim do ano - a Marinha adquiriu, em Inglaterradois hidroaviões bimotores «F.3», com 350 cavalos de potência que vieram a voar até Lisboa.


1920 - 26 de Junho Manuel Ortins Torres de Bettencourt (Nasceu nos Açores, na ilha da Graciosa, em Santa Cruz da Graciosa, a 12 de Junho de 1892) obteve o Brevet de Piloto da Aviação Naval em 26 de junho de 1920.






















Foi Oficial General da Armada e Ministro da Marinha.

Possuía o Curso Naval de Guerra.





Foi o primeiro aviador que fez a viagem aérea aos Açores sem escala.

Morreu no dia 8 de julho de 1969.




1925 -  A Escola de Aviação Naval «Almirante Gago Coutinho», começa a funcionar provisoriamente no Centro «Comandante Sacadura Cabral», no Bom Sucesso


1927 - Um Centro de Aviação Naval constitui-se em Macau. O Centro manteve-se activo até 1930 mas nas vésperas da 2.ª Guerra Mundial foi reactivado


1933 - Escola de Aviação Naval «Almirante Gago Coutinho»foi transferida da Doca do Bom Sucesso para S. Jacinto, em Aveiro.


1935 a 1941- Aviões Hawker Osprey Mk III da Aviação Naval: encomendados juntamente com novos navios de guerra construídos em estaleiros Ingleses em 1934, o primeiro chegou em Maio de 1935 com o navio "Afonso de Albuquerque" e o segundo em 1936 com o navio "Bartolomeu Dias"



     Hawker Osprey a ser içado para um navio


 Hawker Osprey Mk III      




1952 - A Marinha Portuguesa começa a construir instalações na Base Aérea do Montijo onde já funcionava uma Base Aero-Naval comandada pelo Tenente Tello Pacheco.

A Base chamava-se Centro de Aviação Naval "Comandante Sacadura Cabral".

Centro de Aviação Naval de Lisboa, na Doca do Bom Sucessoé extinto





Até 27 de Junho de 1952 o ramo aéreo da Aeronáutica Naval portuguesa compreendeu:




1917-1918Serviço de Aviação da Armada
1918-1931Serviço da Aeronáutica Naval
1931-1952Forças Aéreas da Armada








1952  1 de Julho - Com a uniformização das estruturas militares de todos os países da NATO, e apesar de alguma resistência por parte dos militares portugueses, os braços aéreos da Marinha e do Exército foram, por lei (n.º 2.055 de 27 de Maio de 1952) fundidos no dia 27 de Junho de 1952, sob o nome de: 

Força Aérea Portuguesa


que teve o seu verdadeiro começo como ramo independente no dia 1 de Julho de 1952. (WIKIP)



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Os vários Centros Aeronavais da Marinha



Centro Aeronaval de Lisboa


1917 - 24 de Dezembro - É criado o Centro de Aviação Marítima de Lisboa nesta data e instalado na Doca do Bom Sucesso, em Lisboa, como base operacional de hidroaviões


1917Criada a primeira Base Aeronaval e a respectiva Escola de Aviação.
Instalada na Doca do Bom Sucesso apesar de Sacadura Cabral, encarregue de seleccionar o melhor local, ter escolhido o Alfeite - onde mais tarde se veio a instalar o Arsenal de Marinha.

1917 14 de DezembroChegam à Doca do Bom Sucesso os primeiros hidroaviões, dois FBA:











1918 -  - 5 de Janeiro - Data da publicação do Decreto 3.743 que criou a Direcção dos Serviços de Aeronáutica Naval.

O Capitão Tenente Sacadura Cabral foi encarregado de organizar o novo serviço aéreo, estando o primeiro Centro de Aviação Naval já instalado “provisoriamente” na doca do Bom Sucesso, até à sua extinção em 1952...

Chegam no início do ano os primeiros Oficiais da Marinha que haviam ido ao estrangeiro obter o brevet de pilotos-aviadores. Tratava-se dos

Tenentes Azeredo Vasconcelos, Adolfo Trindade, Ferreira Rosado e Santos Moreira.

Inicia-se a vigilância do Tejo com alguns hidroaviões do tipo «D. D» e «Tellier».




Donnet-Denhaut D.D.8



Tellier T-3



1919No fim do ano - a Marinha adquiriu, em Inglaterra, dois hidroaviões bimotores «Felixtowe F.3», com 350 cavalos de potência que vieram a voar até Lisboa.


Doca do Bom Sucesso Foto de Serra Ribeiro (Ilustração Portuguesa 22 Set 1919)




Felixstowe F-3 o maior hidroavião até então




Felixstowe F-3




1925 -  A Escola de Aviação Naval «Almirante Gago Coutinho», começa a funcionar provisoriamente no Centro «Comandante Sacadura Cabral», no Bom Sucesso




Centro Aeronaval de Aveiro

1917 - Portugal concede à França autorização para a instalação de um Centro Aero-Naval em S. Jacinto, Aveiro

1918 -1 de Abril - A Base Militar de S. Jacinto, na Ria de Aveiro, começa a operar como um pequeno Posto Aeronaval Francês.

Eram instalações muito precárias com casas de madeira e lona.

Os franceses colocaram aqui 8 hidroaviões Donnet-Denhault D.D.8 com o objectivo de efectuar a vigilância de submarinos alemães que cruzavam a costa atlântica.



Donnet-Denhault D.D.8 / Imagem DIGITALHANGARD3D de Paulo Alegria      


Os 8 hidroaviões franceses desembarcaram em Leixões e chegaram a São Jacinto por terra, puxados por juntas de bois através dos areais do litoral.

Além de S. Jacinto, os franceses quiseram também uma outra estação Aeronaval a posicionar no Sul do país.

A localização escolhida foi a Ilha da Culatra, na Ria Formosa, frente a Olhão.

1918  - Dezembro - No final da I Grande Guerra os Franceses deixaram a Base Aérea de S. Jacinto. sendo as instalações ocupadas pelo Serviço de Aviação da Armada.

O Governo Português comprou todo o material que existia nas instalações precárias, dando, deste modo, origem à primeira base aérea com funções operacionais no território nacional.

1935 - A Escola de Aviação, que tivera sempre uma actividade irregular no Centro do Bom Sucesso, foi transferida para S. Jacinto com a designação de Escola de Aviação Naval Almirante Gago Coutinho.

Mais tarde construiu-se ali um campo de aviação para treino de aviões com rodas (onde eu fiz o meu curso Básico de Aviação da Força Aérea em Chipmunk, 1962) sendo a primeira pista em Portugal a ter iluminação para voos nocturnos, mesmo antes do aeroporto da Portela.


Entretanto, o hangar comprado nos Estados Unidos que viera de Ponta delgada ainda não desencaixotado, à estreia mas com a identificação das peças e plano de montagem já indecifrável pela ferrugem, embora em bom estado estrutural, tornou-se um bico de obra para ser montado.

Foi o Eng.º Pereira Bastos, que resolveu o imbróglio em S. Jacinto com a ajuda de um carpinteiro e um serralheiro.

Peça a peça, todas elas foram reproduzidas em cartão, numa escala reduzida. Depois foi “só” montar o puzzle até se descobrir onde cabia cada uma das peças, construindo-se assim uma maqueta que serviu para criar o plano de montagem real do hangar.




Com a ajuda de dois sargentos e mais alguns marujos conseguiram a proeza de montar uma gigantesca estrutura, com 40m de fundo, 60m de comprimento e 20 de altura, em 4 meses!!!



Na altura era o maior hangar da península Ibérica…



     Foto de 1942


No fim da Segunda Guerra, a Escola de Aveiro, era a Sala de Visitas da Marinha. Enaltecida por diversas entidades militares e civis, nacionais e estrangeiras.


Anos 30 - O Centro Aeronaval de Aveiro esteve equipado com estes aviões

















Junkers W34_K43




1950 - Já na fase final da existência da Aviação Naval, foi estabelecida em S. Jacinto uma unidade anti-submarina (A/S) constituída por 12 aviões Curtiss Heldivers, coexistindo com as actividades da Escola. 





1955 - Curtiss SB2C5 Helldiver - Pilotado pelo Cmdt Cyrne de Castro durante a visita do Presidente do Brasil, no Terreiro do Paço, com as tropas em formatura.


Esta unidade A/S, operando como força de cooperação com as forças navais, atingiu excelente nível organizativo e operacional, merecendo elogios de entidades americanas ligadas à NATO.




     Estes aviões eram Bombardeiros de Mergulho, equipados com torpedos.
     Nunca foram usados torpedos na nossa Aviação Naval.





Centro de Aviação Naval do Algarve

1918 – Uma Estação Aeronaval Francesa começou a ser construída no centro da Ilha da Culatra, na Ria Formosa frente a Olhão, devido à I Grande Guerra.


Foram concluídas várias instalações, incluindo hangares, mas o Centro nunca chegou a ser activado oficialmente. Mais tarde as suas instalações serviram de apoio à Marinha.

Por causa dos hangares construídos, esta zona da ilha da Culatra passou a ser conhecida por esse nome, “os Hangares”.















Monumento à Aviação Naval nos Hangares.


Esta Estação Aeronaval francesa nunca chegou a funcionar, vindo depois a ser ocupada pela Marinha portuguesa para exercícios militares.













Os Hangares nos dias de hoje:




Centro Aeronaval dos Açores


1917 - Meados do ano - O Governo Português cedeu uma base aeronaval à Marinha dos Estados Unidos da América em Ponta Delgada para protecção contra os ataques alemães com navios de guerra e submarinos a navios de abastecimento que navegavam no Atlântico Norte.

1918 - Instalação de uma base de hidroaviões na Horta

1919Janeiro - A Armada Portuguesa entrou na posse da Base Aeronaval Americana em Ponta Delgada (baptizando-a com a designação de Centro de Aviação Naval de Ponta Delgada) e de:
















quatro hidroaviões «Curtiss HS 21»


Encomendou-se também um grande hangar metálico que aqui desembarcou em 1919, já a Guerra tinha acabado,  desmontado e com todas as peças identificadas e marcadas para facilitar a montagem.

Por já não ser útil, as peças do puzzle ficaram no cais sujeitas à intempérie por largo tempo, acabando tudo por enferrujar, desaparecendo as marcas que as identificavam

1921 O Centro Aeronaval dos Açores em Ponta Delgada















foi desactivado, voltando todo o pessoal para Lisboa, os aviões para o Bom Sucesso e o grande hangar, ainda por estrear, em peças soltas já sem marcas, transportado para S. Jacinto.



1941 - O Centro em Ponta Delgada é reactivado por causa da II Grande Guerra




      Hidroavião Grumman G 21


1946 Definitivamente encerrado este Centro





Secção da Aviação Naval em Macau


1927
Foi estabelecida uma Secção da Aviação Naval em Macau com 3 hidroaviões Fairey (incluindo o F – 17 Santa Cruz) na Ilha da Taipa, efectuando voos de reconhecimento.






1933 - Extinção da Aviação Naval em Macau


1937 Reactivação deste centro por causa da guerra sino-japonesa.


1938 - Foi formalmente criado o Serviço de Aviação de Macau com os dois Hawker Osprey Mk III adquiridos na Inglaterra três anos antes e mais 4 novos Osprey, aumentando a esquadrilha para 6.






1940 – Construídas novas instalações no Porto Exterior de Macau, com a transferência da Unidade.















Adquiridos mais dois hidroaviões iguais à Fleet Air Arm, a Aviação Naval Inglesa.




1941 - Os Hawker Osprey foram retirados do serviço não deixando rasto, supondo-se que foram bombardeados por engano pelos americanos julgando que o território estava nas mãos dos japoneses. Pela grande destruição causada em equipamento e nas instalações, Portugal recebeu uma compensação.

1942 - O Serviço de Aviação de Macau voltou a ser encerrado, agora definitivamente, por falta de condições operacionais.




Escola de Aviação Naval "Almirante Gago Coutinho"

1928 – Activada a Escola de Aviação Naval "Almirante Gago Coutinho" para formação do pessoal que até aí era formado no estrangeiro.

Funcionou em S. Jacinto até 1952, data da criação da Força Aérea Portuguesa, 



Esquadrilha B das Forças Aéreas da Armada

1942 - A Inglaterra forneceu a Portugal, para reforço do equipamento aeronaval, 16 aviões Blenheim, bimotores bombardeiros de rodas em reconhecimento pela nossa “neutralidade colaborante” no desenrolar da II Grande Guerra.




Bristol Blenheim MK V


Instalou-se uma Unidade demasiado precária na Portela para operar os aviões que vinham em muito mau estado. Só mais tarde apareceram os aviões para a instrução, bimotores Oxford, o que causou enormes problemas aos pilotos por falta de preparação adequada.










Posteriormente, em Março de 1945, os ingleses cederam mais 17 bimotores bombardeiros Beaufighter TF Mk X, já usados e em tão mau estado como os Blenheim, o que levou até a um grave acidente que vitimou os três tripulantes, numa aterragem forçada nas dunas de Ovar, no dia 22 de Outubro de 1945.



1949 A Esquadrilha B é desactivada





Centro Aeronaval do Montijo

1933 – Como alternativa às deficientes condições operacionais do Centro Aeronaval do Bom Sucesso (Sacadura Cabral tinha razão…) começaram os estudos para a criação de uma Base Aeronaval no Montijo.


195219 anos depois foi completada a primeira fase do projecto, exactamente no ano da extinção da Aviação Naval… passando a chamar-se Centro de Aviação Naval "Comandante Sacadura Cabral".

O Comandante Telo Pacheco, da Aviação Naval, foi o coordenador de todo o processo.




Extinção da Aviação Naval


19521 de Julho - Com a uniformização das estruturas militares de todos os países da NATO, e apesar de alguma resistência por parte dos militares portugueses, os braços aéreos da Marinha e do Exército foram, por lei (n.º 2.055 de 27 de Maio de 1952) fundidos no dia 27 de Junho de 1952, sob o nome de



"Força Aérea Portuguesa"



que teve o seu verdadeiro começo como ramo independente no dia 1 de Julho de 1952. (WIKIP)


1952 – 31 de Dezembro – Último dia da existência da Aviação Naval

1953 – As Forças Aeronavais, (que existiram até 1958 semi-autonomamente no seio da Força Aérea) sucessora temporária da extinta Aviação Naval instalam-se finalmente no Montijo que pouco depois passou a designar-se Base Aérea nº 6, da recém-criada Força Aérea Portuguesa.


1958 Todas as bases e aviões das Forças Aeronavais foram definitivamente integradas na Força Aérea Portuguesa, bem como o pessoal que optou por mudar de ramo militar.


Em 1993 a Marinha Portuguesa passou novamente a ter uma unidade de aviação, denominada Esquadrilha de Helicópteros da Marinha. Esta unidade, baseada na Base Aérea do Montijo, opera os helicópteros embarcados nos navios da Armada. (Wikip)













O “brevet” dos Pilotos da Marinha.
É a versão actualizada do “brevet” 
 da Aviação Naval entre 1917 e 1952




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Esta história é a 3ª de 4 partes sobre a

"História Ilustrada dos  Portugueses que conquistaram os céus".



Para ler as outras partes siga as ligações abaixo:


 Parte – De João Torto (o nosso Ícaro de Viseu) passando pela aerostação, os pombais os primeiros voos "mais pesado que o ar" em Portugal, até 1914 com a criação das “Tropas Aeronáuticas”. Para ler aqui

 Parte A nossa Aeronáutica do Exércitode 1914 até 1952, data da fusão das Aviações Militares 
criação da Força Aérea PortuguesaPara ler aqui

 Parte  Os grandes voos de Descoberta do Mundo pelo Ar, os Raidsentre 1921 e 1934. Para ler aqui



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A lista dos créditos para a elaboração desta história estão na 1ª Parte em:

"História Ilustrada dos  Portugueses que conquistaram os céus"

















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