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Veja aqui a origem do nome deste blogue








 Desde 27 de Março de 2011










      Torres Vedras




     Torres Vedras











    










Logotipo do Aero Clube da Zambézia .
Quelimane, Moçambique, 1957



Fui largado (voei sozinho) em Piper Cub, com 16 anos.
O mais novo de sempre, em Moçambique.





    Logotipo do meu meu curso de Piloto na Força Aérea.
    P1/62. Os "ICAROS" - 1962. Na Base Aérea de
    S. Jacinto, Aveiro. Em aviões Chipmunk.














O meu Brevet de Piloto do
"Exercito del Aire"
em aviões E 16 (T-6 Harvard) em Espanha.
Base Aérea de Matacán - Salamanca - 1962/3









O meu Brevet de Piloto da
Força Aérea Portuguesa
em aviões T-6 Harvard.
Em Sintra, 1964














Logotipo da minha "Esquadra de Instrução
Complementar de Aviões de Caça",
Formação em aviões a jacto T-33,
Na Base Aérea da Ota, em 1964.



   
















Logotipo da minha Esquadra, dos FALCÕES.
Em aviões F-86(Sou um Falcão de Ouro)
Hoje é a casa dos F-16 (Esquadra 201)





    
     Sócio Nº 176808                                                     Na Guerra do Ultramar
                                                                                                   Moçambique
                                                                                                      1967 - 1968





O meu Brevet de
Piloto de Linha Aérea.
Na TAP, desde 1971. e depois na Air Atlantis. 


      Co-Piloto, em Boeing B707 e em Boeing B747.
       Comandante, na TAP e na Air Atlantis em Boeing B727.
       Na Air Atlantis  em Boeing B737
       Na TAP em Airbus A310                                               


















    Sou Membro Fundador. Em 1976


Sócio Fundador em 2007       
Actual Membro do             
Conselho Consultivo           



Voei também (em serviço da TAP):

Como co-Piloto:

Na Pakistan Airlines, em Boeing B 747 . em 1976

Como Comandante:

Na Sobelair (em França) em Boeing B 737, em 1990

Nas Aerolineas Argentinas em Airbus A 310, em 1993













































O lugar no céu para onde os pilotos vão quando, um dia, para lá voam...




Foi para lá que o Zé Marques dos Santos, um Falcão como eu, partiu ontem, 16 de Outubro de 2023.

Foi o meu companheiro de instrução de Simulador e Vôo Base em Boeing 707 no nosso curso na TAP 1969-1971.
 

Sempre fomos muito amigos, mesmo que não contactássemos amiúde.


A ele dedico, com muita saudade, este texto escrito por um outro piloto, americano.

Não se assustem. Vão mesmo gostar MUITO de ler.





I hope there's a place, way up in the sky 

Where pilots can go when they have to die. 

 

A place where a guy could buy a cold beer 

For a friend and a comrade whose memory is dear. 

 

A place where no doctor or lawyer could tread, 

Nor a management-type would e'ler be caught dead! 

 

Just a quaint little place, kind of dark, full of smoke, 

Where they like to sing loud, and love a good joke. 

 

The kind of a place that a lady could go 

And feel safe and secure by the men she would know.   

 

There must be a place where old pilots go, 

When their wings become heavy, when their airspeed gets low, 

 

Where the whiskey is old, and the women are young, 

And songs about flying and dying are sung. 

 

Where you'd see all the fellows who'd 'flown west' before, 

And they'd call out your name, as you came through the door, 

 

Who would buy you a drink, if your thirst should be bad, 

And relate to the others, "He was quite a good lad!" 

 

And there, through the mist, you'd spot an old guy 

You had not seen in years, though he'd taught you to fly. 

 

He'd nod his old head, and grin ear to ear 

And say, "Welcome, my Son, I'm proud that you're here! 

For this is the place where true flyers come 

When the battles are over, and the wars have been won. 

They've come here at last, to be safe and alone, 

From the government clerk, and the management clone; 

Politicians and lawyers, the Feds, and the noise, 

Where all hours are happy, and these good ol' boys 

Can relax with a cool one, and a well deserved rest! 

This is Heaven, my Son. You've passed your last test!" 

 

Captain Michael J. Larkin 




Como se vê, também

"Os Falcões nunca morrem...

Ficam entre nós enquanto
partem para a próxima missão!"

 KIAK!


Até um dia meu caro...












Sabem porque é que o Chico Buarque só agora recebeu o prémio? 


Simples! 


Basta ler uma qualquer das suas poesias para perceber que só uma pedra consegue ficar indiferente ao que lê. Foi isso…







     (Com as minhas desculpas ás pedras...)





Última história publicada:




O que foi o 25 de Abril de 1974

e o 11 de Março de 1975


Uma nova História publicada neste Blogue, para recordar o 25 de Abril
Poucos sabem o que foi, realmente, o 25 de Abril de 1974.

E muitos menos o que sucedeu antes, durante e depois do dia 11 de Março de 1975.


A história do muito que poucos sabem, é contada aqui, muito resumidamente, em vários episódios,

Com foco principal na rocambolesca história de um Capitão de Abril bastante maltratado pela História.

Acontece que somos amigos desde a Guerra do Ultramar, onde o conheci, no Norte de Moçambique, em 1967.

Esta é uma perspectiva histórica, vista por um dos Capitães de Abril com acção largamente preponderante, também, um ano depois, no desenlace dos acontecimentos do dia 11 de Março de 1975.

A grande maioria do texto é escrita por ele. Eu acrescento alguns elementos que ajudam a contextualizar o que ele vai narrando.

Contam-se também aqui os preparativos para esse dia e tudo o que este Capitão de Abril protagonizou, antes, durante e depois, desde permitir o salvamento do General Spínola, numa rocambolesca fuga de helicóptero para Espanha.

A interminável viagem, na Ibéria, entre Espanha, o Brasil, a Argentina e volta ao Brasil.

O regresso a Espanha.

A clandestina entrada em Portugal e a captura quase imediata num Seminário de Braga.

A prisão durante vários meses, pelo Copcon de Otelo Saraiva de Carvalho, em Caxias e na Trafaria.

E também a expulsão das Forças Armadas e as suas consequências.

A necessidade que teve, sem ordenado, de vender frangos, porta-a-porta, na região da grande Lisboa, depois de tudo isto, para sobreviver e poder alimentar e educar os filhos...

É a história dos últimos 50 anos do meu Amigo Tó Mira Godinho. 

Mais propriamente do:
Coronel Piloto Aviador António Mira Godinho.

Na Reforma


Surpreendam-se!


Para ler aqui:



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História publicada anteriormente:

            José do Telhado

José do Telhado com a Torre e Espada ao peito




Um grande e bom homem,
mas nem sempre feliz nas escolhas de vida que fez
ou foi obrigado a fazer.

Salvador da vida ao General Marquês de Sá da Bandeira, que lhe deu, em pleno combate, a Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.


É hoje nome de uma Escola e de um Posto Médico.

Em Angola

Onde está sepultado




            Uma história para ler aqui

              
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Ver este autentico Hino
Aqui percebe-se porque é que que a Ucrânia não vai perder esta guerra...







Vejam aqui este  Video









Kiev, a capital da Ucrânia, o Mosteiro Kiev-Pechersk e o rio Dniepre



Vejam aqui o dramático videocliple de

Stefania

 dos Kalush Orchestra,
a canção com que a Ucrânia ganhou o
Festival da Eurovisão 2022



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Os pirosos desta terra, que não os merece

 

Pirosos, dizem os dicionários, são os que têm falta de qualidade, de requinte, de bom gosto.

Que fizemos para merecer isto?

Pirosos são os foleiros, fatelas, pimbas.

Parolos ultrapassados, pouco sofisticados, marcadamente vulgares.

Espalhafatosos, azeiteiros, bimbos, bregas, catonas, panasqueiros. Tudo isto está nos dicionários. não inventei!

Tipos pindéricos.


E o que fazem eles e me levam a escrever isto?


Organizam eventos e dão nomes a empresas que julgam evidenciar uma qualidade ímpar, um envolvimento de requinte. Piroseiras como estas.

E esta, a primeira que menciono, merece um lugar de destaque pela extensão da parvoeira em que se espraiam, alarvemente atascados na mais lamacenta nomenclatura de uma série de eventos acontecidos numa só actividade oficialmente organizada por um Município de funcionários pirosos a precisar de reforma.

E vai daí, organizaram umas Festas a que deram o nome de Agit Águeda.

E as festas compreendem o quê? Isto tudo, numa só festa!

Umbrella Sky com Video Mapping e Body Pating num Color Day com uma Mad Parade!

Dá para acreditar? Em Águeda!?

Mas há mais azeiteiros nesta terra. Vejam.

No Algarve, uns bregas deram este nome a um estabelecimento hoteleiro: Vilamoura Night Village

E a Galp Energy Land?

Existe uma Stress Free Zone, em bimbos de Vila Nova de Milfontes.

Uma Reserva Alecrim Eco Suites & Glamping Boutique Resort, nuns pirosos de Santiago do Cacém.

No Redondo, uns parolos organizam um Corck Trekking.

Até em Porto Covo há gente vulgar que tem uma Costa do Vizir Beach Village

Em Reguengos, uns maduros pimbas organizaram um Observatório Dark Sky Alqueva!

No Marvão, pode fazer-se Railbike.

Já não sei onde, há um miradouro Sky Walk onde, claro, se podem tirar selfies.

E se calhar fazer Birdwatching.

Uns quantos parolos ultrapassados de Nisa têm um Geopark Naturtejo.

Arquitectos do Porto, pimbas, organizam pelo Norte todo uma Open House Porto

Enquanto em Cascais, as tias pirosas podem ir ao Festival Cool Jazz.

E os gajos do Magellan 500? Dá para acreditar?!!!

O Aeroporto de Santarém. Onde?!!!

Ó gente, o Senhor chama-se Fernão de Magalhães!!! Não me digam que não sabiam...

Prometo não ficar por aqui...











No passado dia 30 de Março deste ano de 2022, comemorou-se o Primeiro Centenário do início da Fantástica Aventura que foi a:

1ª  Travessia aérea do Atlântico Sul, Lisboa - Rio de Janeiro,

num pequeno hidroavião, monomotor.

Com esse voo pretendia-se comemorar o primeiro Centenário da Independência do Brasil, o primeiro país do Mundo a reconhecer a República Portuguesa, em 1910.

Há cem anos, nesse dia, manhã cedo, um hidroavião Fairey F III-D Mk II Transatlantic Load Carrier, pilotado por Sacadura Cabral e tendo como Navegador Gago Coutinho, saiu do Centro de Aviação Naval, na doca do Bom Sucesso junto á Torre de Belém, para o meio do Tejo.

Eram exactamente 7 horas quando, com o hidro já face ao vento, metendo o motor a fundo, Sacadura Cabral disse:

"Alea Jacta est"!


Estava iniciada a primeira etapa, rumo ao porto artificial de La Luz, na Gran Canária.

703 milhas depois, com 8h e 37 minutos de voo, o "Lusitânia", assim fora batizado o hidroavião, amarava á entrada daquele porto, junto a dois navios ali fundeados.

Esta é a história que vos quero contar agora, sobre este feito que foi um dos mais importantes voos da História da Aviação.

Foi a primeira viagem aérea realizado com o auxílio de Navegação Astronómica de precisão.

Só assim se podia ter feito a etapa entre Cabo Verde e o Arquipélago de S. Pedro e S. Paulo.

Um arquipélago que se resumia a meia dúzia de penedos com 200m de comprido e 15m de altura…

Nessa etapa, voaram sobre o mar, sem nenhum pedaço de Terra á vista durante 11h 21min, ao longo de 908 milhas!

Amararam exactamente junto a esses penedos, perto do Cruzador República, que ali os espera já há uns dias.

Feito admirado em todo o Mundo.

Abriu caminho para o início da Aviação Comercial, tal  como hoje existe.

Publico aqui a história completa, desta 1ª travessia aérea do Atlântico Sul entre Lisboa e o Rio de Janeiro, que ocorreu entre os dias 30 de Março e 17 de Junho de 1922.


Há muitas fotos que nunca viram e a algumas dei-lhes vida, graças às cores do Photoshop…


Há muita informação para além das inúmeras peripécias da viagem.
 
O primeiro link abaixo leva-vos ao 1º dos 8 capítulos que compõem a história.

Mas dou-vos também o acesso ao relato da viagem completa, (Capítulo 7º) podendo assim deixarem para mais tarde a leitura da muita informação contida no resto desta

FANTÁSTICA AVENTURA

Em todos os capítulos há um Menú que não vos vai deixar perder na viagem.


Apetem os cintos e os meus votos de boa viagem.








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      Olhão



Tornei-me “olhanense” em 1987 quando para lá me mudei sem armas e muito pouca bagagem.

Tornei-me olhanense pela forte empatia com o espírito das gentes com quem comecei a lidar. E foi com toda a espécie de gente. Desde o Manel da mercearia, que mais tarde me alugou uma casa, até ao Eusébio, um Mestre que manobrava a sua traineira como só as melhores gentes do mar o sabem fazer.

Uma das primeiras casas que quis alugar em Olhão, foi um negócio que não correu muito bem, aluguei depois a casa do Manel. Não correu bem só porque não me alugaram aquela casa, a que eu queria e que estava disponível, na altura.

Eu conto o que aconteceu.







Foi á porta da um magnífico pequeno prédio Arte Nova, dos muito poucos que Olhão ainda tem, o segundo á direita do Restaurante Kinkas, aqui na imagem do Google Earth, que o diálogo se desenvolveu.

Atravessava uma fase da minha vida que me levava a viver um recomeço. Provavelmente demonstrava alguma vivacidade menos contida o que levou a senhora em causa a desconfiar do personagem que tinha á sua frente. Não deve ter desgostado da pessoa em si, mas do que lhe pareceu que poderia estar por detrás de tal desempoeirado pretendente á casa que tinha para alugar. E como tal achou por bem dar-me uma nega.

E aqui entra o espírito olhanense que me começou a cativar.

- Não, não lhe alugo a casa. Mas espere aí. Espere aí, que eu já venho.

E entrou no prédio e subiu ao primeiro andar.

Admirado, resolvi aceitar o momento de espera e ver no que aquilo dava.

Esperei pouco. A senhora desceu pouco depois e disse.me:

- Olhe, tome lá estas latas de atum e desculpe, mas não lhe alugo a casa.

Nas mãos fiquei com três ou quatro vulgares latas de atum, que comi, obviamente...



Olhão, para mim, teve mais ou menos este início. Terra de conservas, é bem de ver.

Quanto ao Kinkas, de cujos donos, o Kim e a sua simpática mulher me tornei amigo, comi ali grandes almoçaradas, naquela esplanada…

De início fazia-me alguma confusão entrar, por exemplo numa espécie de drogaria e loja de ferragens que houve logo no começo da rua das compras, a rua principal, a rua do Comércio. Há já muitos anos que esse estabelecimento não existe.

O empregado, de quem tive de ficar também amigo, não tive outro remédio, tratava normalmente mal alguns clientes.

Os diálogos, pareceu-me nas primeiras duas ou três vezes que lá fui, só podiam vir a acabar com um deles a saltar por cima do balcão e desatar às bofetadas ao outro.

Mas não. Acabavam sempre a tratarem-se por tu, o mais cordialmente possível, são 5 parafusos inox e um litro de aguarrás. São 10 escudos. E pronto…

Até que comecei eu mesmo a entrar naquelas guerras onde valia tudo de modo até a pôr os incautos clientes, menos apercebidos, quase a fugir da loja, também.

Outro dos grandes amigos que por lá fiz, um grande e saudoso amigo que já não está conosco, foi um passageiro meu, na Air Atlantis, embarcado na Alemanha e vestido de enormes bermudas coloridas. Tive que meter conversa com o avantajado passageiro, olhanense emigrante na Alemanha, que emanava boa disposição por todos os poros, naquela cabina cheia de gente agradada, que vinha de férias para o Algarve.

Como demonstrasse conhecer Olhão palmo a palmo e toda a gente, perguntei-lhe se conhecia alguém que tivesse uma casa de férias para alugar a um familiar meu.

Disse-me para o contactar (ainda não havia telemóveis) no dia seguinte.

-Sr Pinto, mas como?
- Toda a gente me conhece em Olhão! Pergunte pelo Pinto da Alemanha…

Foi o que fiz. No dia seguinte fui meter gasolina no meu Diane, na Galp do Clube Naval e perguntei ao homem da bomba se conhecia o sr. Pinto.

Pinto? Sim, ele chama-se Pinto.

Quem? O Pinto da Alemanha?

Conhecia, claro. 

O Pinto da Alemanha tinha fugido num barco, nos anos 60, para os Estados Unidos. O barco foi primeiro a Hamburgo e aí avariou durante três meses. O Pinto pensou melhor e resolveu abandonar a ideia da América e ficou por lá.

Em Hamburgo.

Depois de muitas peripécias, acabou por se tornar proprietário de um Restaurante Argentino (é mesmo verdade!) que se tornou famoso e com selecta clientela e tudo!

Na casa do Pinto, em Marim, Olhão, eu vi fotos dele, nesse Restaurante, a cantar com o Frank Sinatra e outras celebridades que o visitavam regularmente. Além da magnífica carne que ele importava da Argentina para servir aos amigos, quando se reformou…

A minha casa não ficava longe da dele.

Podia contar-vos histórias sem fim de outros ilustres olhanenses que me encheram a alma de muita vida. Gente simples. Mas gente forte. Gente autêntica, principalmente.

A ideia desta história é dar-vos conta de dois ou três episódios que só olhanenses podiam materializar. Episódios que encontrei num livrinho:

- “História breve da Vila de Olhão da Restauração” de Antero Nobre. Uma edição da APOS – Associação de Valorização do Património Cultural e Ambiental de Olhão

Como sabeis, ou talvez não (e a culpa é dos olhanenses que pouco ligam ao caso) foi em Olhão que começou a revolta contra a invasão francesa de Junot.






A família Real tinha já deixado Lisboa rumo ao Rio de Janeiro, no dia 29 de Novembro de 1807, não sem antes o Príncipe Regente D. João ter, por decreto real de 26 desse mesmo mês, ordenado que o nosso povo recebesse com “uma generosa hospitalidade” os invasores.

Por todo o Algarve assim foi e quando no dia 23 de Fevereiro de 1808 as tropas do General Maurin entraram alegremente em Faro, bem recebidos, tiveram, logo em Abril, de mandar instalar em Olhão una guarnição militar para acalmar os ânimos daquela gente, os únicos no Algarve, que não viam com bons olhos tal invasão.

- “Generosa hospitalidade”? Alguma vez!? Exército francês, aqui!?! Está bem, está…

Dois meses depois, a 16 de Junho, os olhanenses derrotam o exército de Napoleão junto á ponte de Quelfes, que foge a bom fugir.



Três dias após a revolta e depois de, finalmente, outras cidades se juntarem a Olhão, cria-se a Junta Suprema do Reino do Algarve, um Governo que assume a regência do Reino em nome do Príncipe D. João enquanto este não regressasse do Brasil. Para chefiar esse Governo foi nomeado o conde de Castro Marim, D. Francisco de Melo da Cunha de Mendonça e Meneses.

E para que a coroa, no Brasil, soubesse do que se estava a passar, que os franceses de Napoleão estavam de regresso á Gália com o Asterix, o Obelix e os franceses todos, de onde nunca deviam ter saído, (olhanenses não tinham nada a ver com romanos…) um homem do “lugar de Olhão”, nem vila era, Miguel do Ó, ofereceu um caíque para servir de correio marítimo para que se desse a boa nova ao Príncipe Regente.

O caíque, que ficou conhecido pelo nome deBom Sucesso, partiu para o Rio de Janeiro no dia 7 de Julho de 1808 pilotado por Manuel de Oliveira Nobre, o mestre Manuel Martins Garrocho e outros quinze tripulantes.



A réplica do Bom Sucesso, um barco com cerca de 20 x 5m     




Pararam no Funchal, para fazer aguada, no dia 14 de Julho, 19 anos depois da tomada da Bastilha…

Coincidências, digo eu…

Aí, o piloto do caíque deu de caras com um jovem que já tinha navegado de Lisboa a Macau, um tal Francisco Domingos Machado e convidou-o para os ajudar a dar com o Brasil, que aquilo fica longe mas nada que não se possa achar…numa viagem onde se navegou sem sextante nem mesmo cartas náuticas, sem nenhum mapa. Foram… Pronto! Em lado nenhum se diz se levavam, ou não, agulha de marear…

Chegaram. Chegaram mesmo á Baia de Guanabara no dia 22 de Setembro, dois meses e meio depois, sendo pessoalmente recebidos pelo Príncipe Regente, que os agraciou, a cada um, com um conto e duzentos mil reis. Além disso comprou-lhes o caíque por 6000 cruzados para o expor no Arsenal da Marinha da corte brasileira. Agraciou-os também com várias patentes militares, vários hábitos da Ordem de Cristo e um iate novo para voltarem a casa.

Elevou o lugar de Olhão a “Vila de Olhão da Restauração” com os mesmos direitos das mais notáveis vilas de Portugal e criou também o título de “Conde de Olhão”.

Mas não é só destes acontecidos que vos quero dar conta. Mas também não esqueçam que foi graças a isto que Olhão passou a chamar-se para sempre e com orgulho, “Vila de Olhão da Restauração”. Hoje é cidade. De uma Restauração já meio esquecida…



Painel de azulejos com a chegada do Bom Sucesso á Baia de Guanabara




Agora que estamos a viver a covarde invasão da Ucrânia por um país que em vez de lutar homem a homem, manda mísseis de cruzeiro bombardear civis, quero relatar-vos o que os olhanenses têm a ver com a Ucrânia.

Olhanenses com a Ucrânia?! Sim…com a Ucrânia!

Olhão, a partir de meados do século XIX, começa a ter um desenvolvimento grande através de trocas comerciais, normalmente contrabandeadas, está-se mesmo a ver…realizadas por via marítima, usando todo o tipo de navios, como chalupas, palhabotes, caíques e barcas. Os negócios faziam-se no Norte de África, Mar de Larache e pelo Mediterrâneo mais próximo.

Em 1864 tinha sido criada a Capitania do Porto de Olhão, que por sua vez tinha sido construído em 1857, por iniciativa de uma falida Câmara Municipal de Olhão.

A Alfandega já existia, desde 1842, não sei bem para quê, nem se conseguia arrecadar algum dinheiro… “com um quadro de pessoal privativo constituído de começo por um director, um tesoureiro, um verificador, um escrivão de receita, um escrivão de carga e descarga, um porteiro, um meirinho, quatro guardas de bordo, um patrão e três remadores” tal como diz o livro acima referido.

Palpita-me que os remadores serviam somente para levar o pessoal da Alfandega a banhos para a Culatra, mas posso estar enganado.

Com os negócios a prosperar, quase sempre fugidos aos impostos, com aqueles barcos vendia-se, fora de portas, peixe e fruta algarvios e compravam-se sedas, veludos, tapetes, bugigangas de valor, cereais e por aí fora que, sem passarem nunca pelos direitos aduaneiros, eram depois vendidos por todo o Algarve.

Porém, porém, a viagem de contrabando, olhanense, mais famosa que se conhece, relatada no livro, foi a que se realizou em 1871.

Convém sentarem-se bem para lerem o que vos vou relatar...

O António da Silva Guerreiro, marítimo de Olhão e proprietário do caíque “Urso”, cismou, cismou, falou com uns quantos e tomou a decisão da sua vida. Havia de ficar rico! E ficou mesmo. Tornou-se um dos mais abastados proprietários do Termo de Olhão.

E o que fez ele?

O António da Silva Guerreiro conseguiu convencer uns quantos outros marítimos amigos, como o piloto António de Jesus e os tripulantes António da Silva Trindade, Manuel da Costa, José Martins Facada e Manuel João Gomes, para a sua causa.

Não sei se eram também pescadores, aliás mariscadores, ou se compraram somente, mas o que se sabe é que conseguiram umas toneladas de biqueirão que meteram em salmoura.
Tudo bem embalado, bem-acondicionado, meteram-se ao caminho, no “Urso”, Ria Formosa fora.



O Urso era assim     



Foram até á ponta da Culatra junto á Ilha da Armona, entraram no Oceano Atlântico e rumaram a Leste, a caminho do Estreito de Gibraltar.

Passado o Estreito, continuando a rumar a Leste, atravessaram todo o Mar Mediterrâneo, sempre encostados ao Norte de África, passaram entre Malta e a Sicília, contornaram a Grécia, entraram no mar de Creta, subiram ao Mar Egeu, atravessaram o Estreito de Dardanelos, entraram no Mar da Mármara, passaram por Constantinopla, meteram-se pelo Estreito do Bósforo até irem parar ao Mar Negro.
Aí, finalmente (digo eu, que só escrever isto, cansa…) a chegar quase ao destino, já cá estamos! rumaram a Norte e foram ter... aonde?

Imaginem!


A Odessa…

Nesta viagem gastaram 31 dias.

Já para o final da viagem, nos Dardanelos e em Odessa, foram muitos os oficiais de marinha de diversas nacionalidades que visitaram, espantados, tão pequeno barco que de tão longe partira.

O que era Odessa nessa altura?

“O guia de Robert Sears  de 1855  para o Império Russo, dizia que "talvez não haja nenhuma cidade no mundo em que tantas línguas diferentes possam ser ouvidas como nas ruas e cafés de Odessa. A população, multicultural, é composta por russos, tártaros, gregos, judeus, polacos, italianos, alemães, franceses, etc."



      Odessa em 1850



Em particular, Odessa atraia os migrantes judeus porque a cidade estava localizada no extremo sul da área do Império Russo à qual os judeus estavam confinados. Isto significava que os judeus poderiam instalar-se lá com poucas restrições, tornando a cidade um destino atraente. “(texto de “ODESSA”, por Isabella Buzynski.

No final do século XIX, Odessa tornou-se a quarta maior cidade do Império Russo.


















Naquela época, Odessa foi abençoada, ou amaldiçoada, com muitos cafés. Em 1894, o jornal Proshloe Odessy relatou a existência de cerca de 55 cafés e casas de chá, 127 padarias e 413 restaurantes na cidade. 

Em meados do século XIX, Odessa tornou-se cidade-resort famosa entre as classes altas russas. Essa popularidade gerou uma nova era de investimentos na construção de hotéis e projetos de lazer.




Em Odessa, como esperavam aqueles olhanenses sabidos, venderam a muito bom preço aquela iguaria nunca vista por ali.

E o que fizeram ao muito, muito dinheiro arrecadado?

Investiram-no.

Compraram toneladas de trigo e artigos orientais que depois, no Reino dos Algarves, venderam, de novo, a muito bom preço…sempre a leste da Alfandega, claro.

A viagem de regresso demorou 45 dias. Suponho que por causa de algumas vendas que tivessem feito durante o caminho. Não sei.


Vamos agora ao último trecho desta história, que é a que define melhor o caracter das gentes de Olhão.

Mas antes é preciso dizer que Olhão foi dos primeiros Municípios portugueses a declarar-se Republicano. Logo no dia 12 daquele mês de Outubro de 1910, o Vice-Presidente em exercício da Câmara Municipal, Padre Francisco Inácio dos Reis, deu posse a uma Comissão Administrativa do novo Município Republicano.





Muito antes deste acontecimento histórico, o Rei D. Carlos, um homem dedicado ao mar, sabia perfeitamente onde escolher os seus colaboradores mais capazes e experientes para tudo o que dissesse respeito ás suas famosas e muito apreciadas actividades oceanográficas.

Por essa razão, naturalmente, era aos marítimos olhanenses que confiava tudo o que dissesse respeito á faina no mar.

No seu iate D. Amélia, por exemplo, o Mestre era o olhanense Trabucho, bem como a maioria dos tripulantes.

As galeotas reais eram remadas por olhanenses.

Durante as suas viagens de estudos oceanográficos, percorrendo amiúde as costas portuguesas, encontrava frequentemente pequenos barcos de pesca olhanenses a quem dava muitas vezes reboque. Ou convidava mesmo os pescadores a subirem a bordo para falar com eles, partilhando alguma coisa de comer enquanto trocavam impressões sobre o mar ou o pescado conseguido ou não e porquê.

Acudia-lhes em caso de mau tempo ou naufrágio, dando-lhes agasalho a bordo do iate, levando-os para casa, dando-lhes algum dinheiro para os compensar dos prejuízos.



      Iate D. Amélia IIII, navio Oceanográfico mas também vaso de guerra, mais tarde renomeado "Cruzador 5 de Outubro".



Naturalmente que os olhanenses olhavam para o Rei como um deles. Um homem do mar como eles. Um homem como eles. E como era isso que sentiam, era assim que lhe correspondiam.

As muitas “guerras” que os políticos e os jornais debitavam contra a Monarquia, não era coisa que os demovesse da empatia que sentiam para com aquele homem que era como eles, fosse ou não Rei. Um autêntico e simples marítimo...







Quando o Rei ia a Olhão era sempre recebido com muita alegria, com muita amizade. Como um deles.

Ao Rei, de visita á Vila e provavelmente sempre que o encontravam em alto mar, tratavam carinhosamente por 

“mano Rei”.




O seu assassinato deixou uma profunda tristeza nos olhanenses.


E é por estas, mas também por muitas outras razões, que nunca me canso de manifestar o meu apreço e saudade pelos meus manos olhanenses…



E a eles dedico hoje esta história.

No dia 27 de Março de 2022.

Dia em que o blogue fez 11 anos







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A história "Portugueses mais ou menos esquecidos" do Capítulo "NA GUERRA DO ULTRAMAR e não só",
foi recentemente actualizada com nova informação e bastante mais texto.

Não deixe de a reler aqui


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O Comando de uma LFG na Guiné


Esta história relata, muito resumidamente, o que foi a comissão no Ultramar de um digníssimo Oficial da Armada,

Luiz Pereira Vale, na altura 1º Tenente, na Guiné,

exactamente no auge do conflito com o PAIGC, imediatamente antes do 25 de Abril.


Conhecemo-nos por essa altura por morarmos no mesmo prédio em Lisboa.

A amizade ficou-nos, agarrada, desde aí...

A história está publicado na Revista de Marinha, Nº 985, Maio/Junho 2015.


        A LFG ORION que o, na altura, 1º Tenente Luiz Pereira Vale comandou na Guiné




O texto, integral, está subdividido por mim em várias histórias, tendo-lhe acrescentado eu imagens que fui encontrando na Internet e um ou outro texto, identificado, que ajuda a perceber o envolvimento de alguns episódios aqui narrados. 



Não percam esta história que podem ler aqui

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Reconstituição do acidente de Camarate








No dia 4 de Dezembro de 1980 Portugal estava em plena campanha para a eleição do Presidente da República.

Defrontavam-se o General Ramalho Eanes, para um 2º mandato, como Independente e o General Soares Carneiro, com o apoio da Aliança Democrática, (PPD/CDS/PPM).

 


Nesse dia, em Lisboa, durante um almoço da campanha com outros dirigentes e apoiantes de Soares Carneiro, Adelino Amaro da Costa, Ministro da Defesa, disse a Francisco Sá Carneiro, 1º Ministro, que tinha ao seu dispor um Cessna 421 Golden Eagle, que estava ao serviço da campanha presidencial do candidato apoiado pela AD, Soares Carneiro, a fim de ele, Amaro da Costa, se deslocar ao Porto, onde iria assistir ao encerramento da campanha.

 

Amaro da Costa e Sá Carneiro

Sugeriu-lhe, uma vez que Francisco Sá Carneiro também se dirigia nesse mesmo dia para o Porto, com bilhetes já reservados na TAP, que era mais fácil e cómodo irem todos naquele avião, que estava disponível.

Sá Carneiro aceitou o convite de Amaro da Costa e mandou desmarcar os bilhetes reservados na TAP.


Começou assim a trama de um grave acidente aeronáutico que deixou o País quase sem governo e os portugueses ansiosos, á beira do Natal de 1980

É esta a história que podem ler, na íntegra, nesta ligação.


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Comemorações dos 500 anos da descoberta do Estreito de Magalhães

21 de Outubro de 2020





Em Punta Arenas, no Chile, Capital de la Región de Magallanes y Antártica, a meio do Estreito de Magalhães, o Chile e a Espanha (Portugal, NÃO!) comemoraram aquele extraordinário acontecimento.

Uma homenagem ao português Fernão de Magalhães.




No cais, no Molhe Prat, estavam os Navios Escola do Chile, “Esmeralda”, e o irmão gémeo Espanhol, “Juan Sebastián De Elcano”.

Vergonhosamente Portugal não se fez representar.

A Sagres, o mais belo Navio Escola do Mundo, NÃO ESTAVA LÁ!

A cerimónia realizou-se cumprindo os estritos protocolos sanitários referentes á pandemia do Covid-19.

Talvez lá estivesse alguém a representar-nos, mas as notícias que tive do Chile nada dizem sobre nenhuma presença portuguesa, tal importância lhe deram, se é que lá estiveram…

Ao acto, compareceram o Presidente do Chile, Senhor Sebastián Piñera e o Comandante em Jefe da Tercera Zona Naval, Contraalmirante Ronald Baasch, demais autoridades e outros convidados.


continuar a ler


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Comandante Jorge Ramalho




É uma história escrita a quatro mãos, com muito amor, carinho, reconhecimento e enorme saudade.
Como a sua filha Elsa escreveu para esta história, o Ramalho tinha “um grande sentido de humor cáustico, corrosivo, por vezes difícil de perceber… E era com esse sentido de humor que encarava as alegrias, tristezas, adversidades da vida e corriqueirices do dia-a-dia.”
Completamente a não perder.

Para ler aqui

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A seguinte é passada com um Nobre Comandante de uma muito amada companhia de aviação portuguesa, em pleno PREC.





Obrigatório ler...
Aqui.

Por favor,
amarrem os cintos...



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Uma grande lição de História






           Como, numa estadia, a minha tripulação e eu... recebemos uma inesperada Lição.

Numa visita ao Coliseu de Roma. Anos 80.

Leiam-na aqui


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E mais outra, também publicada recentemente e a não perder:

- uma Homenagem que presto ao

Comandante da 4ª Companhia de Comandos

Em Moçambique, 1968.



Ele há dias em que se combate, com as parcas aptidões de que somos servidos, colaborando, em simultâneo, com dois homens extraordinários.



Daqueles que já ficaram na História
Mas este é um tributo ao


Capitão Miliciano de Artilharia Comando

Horácio Francisco Martins Valente









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Navigare necesse est.

Vivere non necesse.







Fernão de Magalhães
iniciou há 500 anos a primeira
viagem de circum-navegação da História.

20 de Setembro de 1519
20 de Setembro de 2019


Neste blogue o dia 20 de Setembro de 2019 foi dia de
celebração e grande regozijo pela comemoração dos
500 anos do mais extraordinário feito
que qualquer português jamais fez.



Esta viagem, considerada um dos mais extraordinários feitos da Humanidade, se não o maior, concebida ao pormenor por Fernão de Magalhães que a realizou (e terminada pelo espanhol Sebastião de Elcano) foi uma epopeia cientificamente muito bem apoiada em sólidos conhecimentos náuticos.

Mas também uma magistral gestão de recursos humanos de quase 300 homens de várias nacionalidades submetidos às mais terríveis provações, sempre a navegar em 5 frágeis embarcações durante 3 anos.

Um manancial de aplicação de conhecimentos náuticos, de uso das cartas de marear mais perfeitas de sempre e de instrumentos de navegação recentemente inventados, melhorados e construídos em exclusivo para a viagem.

Muita espionagem pelo meio. Traições, motins, prisioneiros ilustres, execuções, tempestades, combates, doenças e até os gelos do extremo sul da Patagónia, assim chamada devido á grande estatura do seus habitantes que tinham uma "patas" enormes

Mas também todo um Mundo Novo que existia há muito e era completamente desconhecido. Gentes estranhas com quem era difícil comunicar. Animais nunca vistos. Plantas, frutos, alimentos deliciosos que pendiam de árvores exóticas.

O que seria de tudo isto se não se soubesse o que tinha acontecido, dia a dia… Se ninguém nos contasse…

Chamava-se António Pigafetta o homem que quis ver tudo e que tudo contou, ao longo de toda a viagem e até arribar 3 anos depois a Sevilha na nau "Victória", comandada pelo capitão espanhol Sebastião de Elcano, acompanhado de outros 17 sobreviventes.

Contou tudo num livro que, em 1525, foi publicado em Paris.


Começa assim o seu relato:


“Em Janeiro do ano da Natividade de Nosso Senhor de 1519 eu estava em Espanha, em Zaragoza, na corte do Sacro Império Romano do Imperador Carlos V (Carlos I de Espanha) e com a Corte me desloquei para Barcelona, em tão honrada companhia.

E foi graças ao Imperador e a outros eminentes Lordes que tive a bênção para tentar embarcar em tal promissora viagem, com várias cartas de recomendação".



E agora, 500 anos depois da partida de Sevilha, o Capitão General Fernão de Magalhães decidiu contar também, ele mesmo, a sua história.

E para que não haja omissões, sempre se passaram 500 anos… pediu ao António Pigafetta o acordo para usar as suas memórias.

Pigafetta viria a ser um dos seus mais próximos interlocutores nas noites de calmaria nos seus aposentos reservados da nau Capitana Trinidad,

Nessas noites em que o Mar Oceano, o Pacífico, parecia ter adormecido, o Capitão General e o António Pigafetta, sentados a uma mesa á luz de velas que ameaçavam permanentemente adormecer também, falavam horas a fio enquanto Enrique, o escravo malaio de Fernão de Magalhães, deitado numa esteira ali ao lado, esse sim, tranquilo, dormia a sono solto…

Foi assim que uma noite, já alta madrugada, Antonio Pigafetta convenceu o grande Capitão General a contar o que fizera, porque o fizera e como o tinha feito.

E esse relato, que pode aqui ser lido num exclusivo único, começa com um texto a que o Grande Navegador chamou “Como se fosse um prólogo” em que nos dá conta dos exaustivos preparativos de toda a sua extraordinária epopeia até à partida de Sevilha para San Lúcar de Barrameda, 

Este é o porto, já no Atlântico, onde se iniciaram todas as grandes navegações do Reino de Espanha e foi aqui que Fernão de Magalhães fez os últimos preparativos e mandou embarcar os mais frescos víveres, as vitualhas como então lhes chamavam.

E finalmente no dia 20 de Setembro de 1519 deu-se início à mais fantástica aventura da História da Humanidade!


A 1ª Viagem de Circum-Navegação da História 


Fernão de Magalhães tem em mente contar-nos tudo o que se passou a bordo e em terra, as mais estranhas terras que algum europeu já viram, nos locais e nas datas exactas em que as coisas aconteceram.

Por agora vamos então ler o que ele escreveu, em exclusivo para este blogue.

O texto:



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     Uma outra história aqui anteriormente publicada:

Tenente Humberto da Cruz e Carlos Eduardo Bleck. Loanda - Janeiro de 1931


É como uma colecção de cromos arquivados num álbum…
Uma História contada com alguma ligeireza, mas com toda a verdade possível.


ATT: 
Esta história foi ultimamente enriquecida com
bastante mais informação
e muitas mais imagens.


           Vale a pena relê-la...



Clique aqui para a ver noutra janela

(A todos os tripulantes da TAP dos Anos Dourados, vejam nesta história o Ano de 1912/Alberto Sanches de Castro. Vão gostar.)






E também...

Gloriosos “Malucos” de Máquinas Voadoras...


As mais extraordinárias ideias transformadas em espantosas máquinas que voam excepcionalmente bem e são de arrojada concepção e construção com recurso a tecnologia de ponta.

(Já com notícia e o vídeo do primeiro voo do Stratolaunch no dia 13 de Abril 2019)

Leia esta história mais abaixo, a seguir à...

"Carta do Marítimo de Olhão"









Pequeno extracto da História Ilustrada
dos Portugueses que Conquistaram os Céus:


O primeiro voo entre o Continente e a Madeira foi realizado no dia 22 de Março de 1921
com um Felixstowe F.3 pilotado por Sacadura Cabral e Ortins de Bettencourt,
tinha Gago Coutinho como  navegador e o mecânico de bordo era Roger Soubiran




Felixstowe F.3, 1922       








Felixstowe F.3 foi o sucessor do Felixstowe F.2.
F.3 era maior e mais pesado. Foi um hidroavião (concebido pelo Lieutenant Commander John Cyril Porte RN na Base Aérea Naval Inglesa de Felixstowe) utilizado na 1ª Grande Guerra.





Felixstowe F2A N4440 em Dundee, 1918_19



A base do design do F.2, o F.1, foi o hidroavião americano concebido por Glenn Curtiss que equipava a Base Aérea Naval de Felixstowe.

Embora o F.3 tivesse maior autonomia e maior capacidade de carga de bombas, os motores eram os mesmos do F.2 e por isso era mais lento e com menor manobrabilidade. Era disso que se queixavam os pilotos.

O protótipo do F.3 voou pela primeira vez em Fevereiro de 1917. Foram construídos mais de 100 modelos.



      F.3











A tripulação era composta de 4 elementos. Tinha um peso máximo à descolagem de 5.550kg, equipado com dois motores Rolls-Royce Eagle VIII V12 em linha, 345 hp (257 kW) atingia a velocidade máxima de 79knots, 145km/h, podia voar seis horas e levava quase meia hora para atingir 6.5oo pés de altitude…






     Gostou? Então para ler toda a história, clique aqui. Vai abri-la noutra janela


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O meu amigo Six, autor das mais belas imagens que conheço
da aviação de todos os tempos, deixou-nos nos primeiros dias de 2019.




O Six e o seu Wright Flyer III  numa composição gráfica minha




Com grande saudade, peço-vos que revejam aqui algumas das
aguarelas que me enviou e que compilei em 3 histórias.



Six... até um dia.




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               A célebre "Carta do Marítimo de Olhão"



Segundo a APOS (Associação de Valorização do Património Cultural e Ambiental de Olhão), "esta carta foi uma brincadeira escrita em segredo, salvo-erro num Carnaval, por uma rapariga (Etelvina dos Reis Nascimento) amiga de uma tal Francisca, de quem um jovem marítimo com pouca instrução se tinha apaixonado. Celebrizou-se em Olhão através de uma peça de teatro encenada por Joaquim da Silva Vaz (o "Vázinho")."

Existem várias versões, algumas levadas ao exagero na tentativa de tornar o texto popularucho, perdendo-se obviamente o carácter 100% "Olhanense" da cena em que se pretendeu congelar  a tipicidade das gentes de Olhão, sem as ridicularizar.

Não sendo de todo um Olhanense mas porque por lá vivi quase 30 gloriosos anos, este texto lembra-me o que de mais puro há nos genuínos Olhanenses. E conheci muitos...

Alguns jamais esquecerei...

Eusébio tinha uma traineira de pesca que foi obrigado a abater pela União Europeia.

Mestre da sua traineira da Culatra que levei num voo a Glasgow.

Tudo legal, com bilhete e tudo. Catering a condizer com bolinhos com o emblema do Benfica.

Como Comandante exigi que um dos bolos tivesse a bandeira do Sporting...

Eu a Comandar um B-727 da Air Atlantis, tripulação toda arregimentada: a Chefe de Cabina era a minha mulher e o Co-Piloto  o Papi que entretanto comprara a traineira ao Eusébio...

Um extraordinário baptismo de voo, para todos nós.




Pinto da Alemanha: uma força viva, muito viva, da natureza.

Fugiu de barco para a América nos anos 60, mas numa paragem em Hamburgo o barco foi por ali ficando avariado até que ele resolve desembarcar.

Quando deixou definitivamente a Alemanha, nos anos 80, casado há muito com uma senhora alemã, tinha sido o proprietário de um famoso Restaurante Argentino em Hamburgo!

Eu vi as fotos de todas as muitas celebridades deste mundo que por lá passaram.

Até o Frank Sinatra cantou lá com ele!

continuar a ler...



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Gloriosos “Malucos” de Máquinas Voadoras:



      Whit Knight One carrega o SpaceShip One (Scale Composits)
   


Estes aviões e foguetões são de construção relativamente barata, de uma eficiência ímpar e até já chegaram ao Espaço.

Uma deles até ganhou por isso o prestigiado Ansari XPrize no valor de 10 Milhões de Dólares.

O turismo Espacial esta quase a iniciar-se havendo já cerca de 700 bilhetes comprados. Um deles é de um português. Tinha de ser…

Uma história que vai valer a pena ler, profusamente ilustrada com belíssimas imagens.


Para ler aqui:

 1ª Parte - Os Pioneiros

2ª Parte - Virgin Galatic I

3ª Parte - Virgin Galatic II

4ª Parte - Stratolaunch

5ª Parte - Airlander

6ª Parte - Russian Reusable Space Vehícle





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ATT: A História sobre o Comandante Roxo foi actualizada com novos elementos
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Uma das últimas histórias aqui publicadas é uma monografia etnográfica original, dactilografada (numa máquina de escrever - já devem haver poucas...) pelo meu Pai, Álvaro Cavaleiro, em Quelimane, Moçambique, em Dezembro de 1956.


Está aqui contada em quatro blocos para mais fácil leitura.



Leia aqui “OS CHUABOS



Para saberem quem foi o meu Pai e o que fez em África, podem ler aqui uma muito breve biografia sua.


Mais a fundo, leiam a homenagem que lhe prestei neste blogue.



E para matarem saudades de Quelimane e da Zambézia,
vejam estes vídeos:












 - A Pastelaria Suiça fechou...

No já longínquo dia 26 de Abril de 1974 a Pastelaria Suiça foi palco de um inacreditável espectáculo de opereta/revista/zarzuela cujo responsável fui... eu. Para ler aqui.



 - Chegou a Beja o primeiro A380 português, da Fundação Mirpuri/Hifly

Imperdível! Não deixe de ler e ver esta história.












Nos meus primeiros 25 anos de vida tive o gosto de pertencer ao mundo das grandes viagens por mar.

Esta história serve como preâmbulo a uma outra, "A Muito Trágica História da nossa Marinha Mercante",

Toda a nossa gloriosa Marinha Mercante do séc XX com texto e imagens



- Veja agora aqui (nesta ligação) como a física explica a

Trivela de Quaresma.

Um brilhante artigo de Marta Leite Ferreira
em "O Observador" do dia 26 de Junho de 2018









E antes de passarmos à próxima história (os momentos iniciais, o primeiro contacto de todos, o arranque do meu curso como piloto da Força Aérea) vejam como foi de tal modo excelente a formação que recebemos que até permitiu habilidades como as que vos convido a ler na história:


"A minha não-largada em Piper Super Cub".


Mas antes coloquem os cintos porque o caso não é para menos...

A história pode ser lida nesta ligação 




- E agora sim, o que nos aconteceu no primeiro contacto oficial com "a tropa". Vejam só...

Leia a história aqui:






Logótipo do P1/62


(1º Curso de Pilotos da Força Aérea de 1962)


VCCs


(Velhos Como o Car****)


Esta história  é da autoria do meu colega de armas e amigo Luís Pacheco.



Divirtam-se... 




      



- Esta outra história é desconhecida mas actual.

Há-de pertencer à História.

Depois de todo o sofrimento desta gente...

Não deixe de a ler!


Os Madgermanes, meus irmãos.




Tão parecidos que nós somos...



No dia 24 de Fevereiro de 1979 o presidente da RDA (República Democrática da Alemanha, comunista, de Leste) Erich Honecker assinou em Maputo, com Samora Machel, presidente da República Popular de Moçambique, acordos de “amizade e cooperação” entre os dois estados.

O interesse era comum...




Madgermanes, meus irmãos!

 Moçambicanos falantes de Alemão e...
adeptos do Leipzig  FC!

Descubra porquê





Vamos então continuar esta viagem por este Rio abaixo...

   

Como se estivesse-mos na sonda Cassini a olhar atentos para os anéis de Saturno...






A história sobre o Comandante Francisco Daniel Roxo, uma das mais lidas deste blogue
como podem ver na coluna aqui à direita, já publicada em Julho de 2013,
foi agora completamente reformulada mais uma vez, com elementos
novos sobre a sua extraordinária biografia e correcções de factos.


Para a ver, clique aqui












R i o   d o s   B o n s   S i n a i s

Este blogue tem actualmente 158 histórias.
Divididas por 9 Capítulos.




Estatísticas da Google,
onde este Blogue está alojado,
sobre quem lê mais as minhas estórias.

Alguns números são surpreendentes...



     A média mensal de leitores do blogue ronda os 3000 


Navegar é preciso.
Mas com cuidado...


A história deste blogue, "O Resgate do Tenente Malaquiasfoi recentemente actualizada com o testemunho de um dos intervenientes, Borges Ferreira, que corrige erros e fornece novos dados que eu desconhecia.

E uma foto.



NOTAS:


> Para ler as histórias do blogue clique  nas ligações.

> No separador   "Capítulos",   no topo da coluna, à direita, escolha o tipo de outras histórias que queira ler.

> Em qualquer altura que queira voltar a esta página, no separador "Capítulos" clique em "Página Inicial".

> Nesta mesma coluna da direita tem acesso fácil às histórias mais lidas no separador  Mensagens populares”.

> Para ver todas as fotos de uma história isoladamente e em sequênciaclique em qualquer foto.



Desculpem mas…
 
•    Este blogue está escrito em grande desacordo com o novo "acordo" ortográfico.
•    E por vezes em algum desacordo com o Antigo Acordo, também.
•    Pois... Acontece.

    
 
























Como Guineense, não podia deixar de escrever
uma breve história sobre a Guiné (portuguesa).

Socorri-me de várias fontes mas principalmente
do Blogue "Luís Graça & Camaradas da Guiné",
a quem agradeço a muita informação.

Mais abaixo indico o endereço deste Blogue.



Para ler aqui:
Breve História da Guiné Portuguesa
(a terra onde nasci)













Logo a seguir poderão ler uma breve descrição do que era e no que se transformou a primeira
Capital da Guiné: BOLAMA





.





E imediatamente depois, um episódio surpreendente
passado em Bolama na primeira metade do Séc XX.

Não percam...  "O Memorial"


Foi escrito e ilustrado pelo meu amigo e colega aviador  Gonçalo Inocentes (Matheos) 

"Quando em Bolama encostado às grossas correntes que circundam o Memorial imaginava coisas de aviadores mas muito longe estava do que na realidade aquele bloco de pedra representava".







Terminada aqui a história do Gonçalo Inocentes, deu-me para pesquisar sobre o outro "raid" do malogrado aviador italiano aos Estados Unidos referido na história que acabam de ler.

E encontrei um documento sobre a passagem da outra Esquadrilha de Italo Balbo pelos Açores no regresso a Itália.

Chamo a atenção de que se trata da transcrição integral de um texto do Museu Carlos Machado de Ponta Delgada referente a uma exposição ali realizada em 2013
Para ler a história, click nesta ligação.





Já agora, e porque se contou aqui uma grande história de Hidroaviõesvale a pena ver o que se passou em Moçambique, há muitos e muitos anos com outro tipo de Hidroaviões, no blogue "houseofmaputo" onde também se podem matar saudades daquela fantástica terra. 
Grande história esta, não deixem de ler...





Há mais uma história publicada sobre os avião que voei, em Linha Aérea.


Que voei na TAP e nas Aerolíneas Argentinas






Uma Vida no Ar

A breve foto-biografia verídica de um dos Comandantes mais estimados por todos os tripulantes da TAP.

De uma ponta à outra dos muitos aviões que voou.


A do meu "irmão":


Uma brincadeira minha em Photoshop
     
            Para a ver  clique aqui >  Comandante Luís Vieira da Silva
            Bons voos...






Um episódio verídico durante a Ponte Aérea para Berlim em 1948/49:
















A cidade de Berlim foi bombardeada com mais de 21 toneladas de doces durante a Ponte Aérea.


E tudo por causa de duas pastilhas elásticas...

Para ver aqui neste link.













Entre as mais de 140 histórias aqui já anteriormente publicadas,
sugiro-lhe que leia hoje esta:

A Ponte Aérea de 1975






Passaram mais de 40 anos mas é como se tivesse sido ontem.

Pelo menos para quem sofreu e muitas vezes lutou arduamente para sobreviver e proteger a família.


“Durante a ponte aérea, não havia programação de voos os aviões chegavam, abasteciam-se e partiam, foram períodos de uma tensão a raiar os limites de ser suportada”.

 Gonçalves Ribeiro, Alto-Comissário para os Refugiados.

 Para ler agora nesta ligação







« O meu inimigo vestido de branco »


Uma história difícil de contar...

Não é ficção. Foi mesmo assim!




Um T6 do SIX em pleno voo   


Como nos filmes...

As balas levantavam tracinhos de poeira
à distancia que eu queria do homem.

 Sem o atingir.

Por agora...




Era um homem alto, esguio,
asseadamente vestido.
De calças compridas e
camisa dentro das calças.

Cinto, sapatos e tudo.

Uma elegância!

 Todo vestido de branco!



Para ler aqui nesta ligação














Não deixe de ver também aqui este
Álbum de Fotografias do nosso F-16



Algumas imagens foram "trabalhadas" por mim com recurso ao Photoshop.

Com as minhas desculpas ao Paulo Mata, autor das belíssimas fotos.

No final da Exposição tem um link para voltar à Página Inicial. Assim não se vai perder...








E também:
"Os Hangares do Six"














Onde ele guardou as suas magníficas obras.

São aviões com alma!

A arte de contar primorosamente a história efabulada de magníficos aviões.




Hangar I –   Preâmbulo e Primórdios da Aviação 
Hangar II – Os Aviões da I Grande Guerra e não só
Hangar 6 –  O Hangar dos aviões da TAP  


No Capítulo «  Linha Aérea e outros voos »







Os meus distintivos:



Da Força Aérea e da Aviação Civil







Foto minha no Paláio Nacional da Ajuda




A história do T-33





1ª Parte - a génese do avião





 




 

 

2ª Parte:

 

 

 

 

 

 

 






« História da Photographia »







A fotografia, a magia da reprodução perene de uma imagem numa superfície

> No Capítulo:

" Pedaços de Vida "






«A Câmara Obscura de Abelardo Morell»















As fotografias de Abelardo Morell feitas com o auxílio da técnica da camara obscura

> No Capítulo:

" Pedaços de Vida "











São fotos absolutamente...  imperdíveis!




                      > no Capítulo: "Álbuns de Fotografias"






«A Odisseia do Alfa Pendular »










Uma viagem alucinante num comboio que toma para si o destino de quem devia servir



          > no Capítulo: "Pedaços de Vida"







 
Com atenção e alguma sensibilidade conseguimos unir o tempo de agora
ao tempo em que iremos olhar pra trás e saber que foi bom ter existido
em certos lugares

                      > no Capítulo: "Pedaços de Vida"






«No dia em que corrigi a Boeing» 

Falha de Hidráulicos em Ponta Delgada - B 727


Quando certas coisas acontecem à pessoa certa
no momento certo, só pode ser interferência Superior.

Acho eu... E eu estava preparado


> no Capítulo: " Linha Aérea "   









História do B 747

 

"Ridiculously easy to fly ... It is a pilot's dream!

Really a nice airplane to fly"


> no Capítulo: "Linha Aérea" 












Uma missão que começou mal mas que graças a uma tripulação fantástica,
acabou em beleza



 > no Capítulo: "Linha Aérea" 






Eu e o Boeing B 727 - na TAP



 







O avião que foi a minha Escola de Comando de Linha Aérea mas também uma Sala de Aulas como Instrutor que fui, em Simulador e...


> no Capítulo: "Linha Aérea    " 

                

 

 

 

 

 

 

Vivenda Victória   


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Vivenda Victoria é um palacete em ruinas que nos últimos anos foi morrendo para grande desgosto de muitos que diariamente a vêem já que fica na...

 

 

 

 

> no Capítulo: "Álbuns de Fotografias"





 

 

 

 


 






Em 1956, após o grande sucesso comercial com o B 707, o grande senhor do início da era do jacto, a Boeing decide conceber um novo avião que pudesse operar em pistas de menores dimensões, explorando o mercado de curto e médio curso.


> no Capítulo: "Aviões que voei"













Os primeiros 10 AT-6 chegaram a Portugal em 1947.
Destinavam-se à instrução de pilotos da AM, Aeronáutica Militar, um organismo do Exército.
Tiveram como origem o  “US Surplus”  o departamento do Estado Americano que geria a cedência de aviões excedentários aos Aliados após a 2ª Grande Guerra.
Recebemos outros 10 em 1948, 4 em 1949 e 4 em 1950.

 > no Capítulo: "Aviões que voei"












O nosso envergonhado Túmulo do Soldado desconhecido




Para homenagear aqueles que em combate deram as suas vidas e que anonimamente repousam para sempre, sendo um exemplo de sacrifício para que outros possam viver em paz e segurança, foram criados espaços mais ou menos elaborados, com maior ou menor ênfase no cerimonial, com maior ou menor empenho na atitude de respeitar quem se homenageia. 


 > no Capítulo: "Guerra do Ultramar e não só"








Bacalhau com Dóris


Aqui se conta como foi..."A pesca do bacalhau na Terra Nova e Gronelândia" ( Com dóris ).
Fala-se também no minucioso relato que fez disto tudo o Comandante Alan Villiers no seu empolgante livro:


"The Quest of Schooner Argus"



> no Capítulo: "Outras Navegações"




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  ...para ler neste blogue

 

 


 

«Além disso, o que a tudo em fim me obriga

É não poder mentir no que disser. 

            

Porque de feitos tais, por mais que diga,    

Mais me há-de ficar inda por dizer»


                                     Camões, Os Lusíadas, Canto III, Estância 5

 

 

 

 

 ------------   Boa leitura!   ------------

 

 

 
Foto obtida no Facebook - Desconheço o autor, as minhas desculpas

     

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    Um belo Junkers JU-52 numa aguarela do meu Amigo SIX. 






Podem não acreditar mas eu voei este JU-52, o 6311,  na Base Aérea Nº5 em Monte Real entre os dias 24 de Julho e 17 de Novembro de 1964  enquanto voava simultaneamente o F-86... na foto aqui ao lado.







Um JU-52 que ainda hoje voa, o da Lufthansa:


















   Mantovani, Ramalho Eanes, Malaquias e Aidos

A história sobre o
 Um a história de vários heroísmos, que marcaram a minha geração, no Capítulo "Na Guera do Ultramar 1967/1969", foi publicada em 10 páginas no número 52 da:

Revista da Associação
da Força Aérea





   Combatia as insónias com o relaxe da pesca...








Um dos Heróis que resgatou o Tenente Malaquias,
o Carlox Félix, o Felinhos de Paranhos, morreu
no dia 17 de Novembro 2014 às 9 horas da manhã.


 


Sabia que ia morrer e recusou outros cuidados que tentámos proporcionar-lhe.

Descansa em paz que bem mereces... 

 

Num email que me mandou e que transcrevo por completo na história do Resgate do Tenente Malaquias, havia uma mensagem para o Lobo, Piloto do Helicóptero que efectuou a missão.

Às tantas disse:

 


« …lembras-te?


Com tantos tiros dos aviões a darem-nos cobertura, tu aos zigzagues com medo que atrás das medas de capim estivesse alguma anti-aérea e eu aos saltos para entrar no Héli.


Parecia O VIETNAM.


Com pouco mais de 20 anos tínhamos que estar preparados para a Guerra, a geração de hoje com 20 e muitos ainda estão com RSI! »

 


 

 

  E muito a propósito,

um vídeo para meditar:
- Como a memória é preservada em alguns lugares...


Um momento de verdade


 Para ver em écran grande

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Outras duas histórias deste blogue foram também publicadas nos últimos números da

Revista da Associação da Força Aérea


A saber:

« Alferes Rica »



no Capítulo "A Minha Força Aérea"

 É uma Homenagem a um jovem Camarada prematuramente perdido

Foi em sua memória que a escrevi



E também:


« De T-33 pela Europa fora até à Bélgica e volta »

Quisemos dar dois nós aos Yankies. Demos um...


no Capítulo "A Minha Força Aérea"




O grupo COFINA, por sua vez

 

embora não fazendo nenhuma referência a este Blogue,

 

publicou no Correio da Manhã e na revista Sábado, num projecto editorial de "Autores e Verso da História" um conjunto de 8 livros sob o lema "Descolonização".

No volume, dedicado à Ponte Aérea, incluíram parte da minha história:


« A Ponte Aérea de 1975 »


Sobre os dramáticos dias do início da descolonização portuguesa 


no Capítulo "Linha Aérea e outros voos"



No 60º aniversário da fundação da Esquadra 201, aquela Unidade da Base Aérea Nº 5 em Monte Real, Leiria, reactivou a publicação da Revista KIAK. E nesse número comemorativo incluíram as seguintes histórias deste Blogue:

  • Os Cavaleiros Guardiões do Império
  • Alferes Rica
  • Falha de motor á descolagem em F-86
  • Luz do óleo acesa em F-86
  • O dia em que voei mais rápido que o som


Todas estas histórias estão incluídas no Capítulo "A Minha Força Aérea"


NOTA: Eu pertenci à Esquadra 51, agora 201, a Esquadra dos F-16, entre 1964 e 1967.

              Pertenço... pois sou um Falcão! 

             E agora sou "Falcão de Ouro", distinção com que fui agraciado em 2019!

              KIAK!!





  Opera de Sidney




 





NOTAS:

 

Resolução de écran:


Por vezes as resoluções de écran dos vossos monitores poderão não coincidir com as minhas e as imagens não aparecerem correctamente.

Tentem aumentar ou diminuir o tamanho da "página" que estão a ver usando as seguintes combinações de teclas:

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Imagens deste blogue:


Todas as imagens/fotografias aqui publicadas fazem referência ao seu Autor, quando consigo identificá-lo.
Mas são quase todas publicadas com um toque meu de Photoshop...





Logótipo 


O Logótipo deste Blogue, símbolo que eu criei, representa a miscigenação de culturas que enforma a nossa matriz:

Cristã a Cruz de Cristo (Cruz dos Templários, das velas das Caravelas e da Força Aérea Portuguesa).

Judaica a estrela de David (a presença dos Judeus na Península dá-se a partir do Século VI. Exerceram enorme influência em Portugal e Espanha de onde são expulsos sucessivas vezes).

Árabe o Crescente da Lua Nova (Conquistadores da Península Ibérica no Século VIII e construtores de alguns Castelos que nos deixaram, além de uma Cultura ímpar).




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